A uma semana das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou o domingo (25/9), sem agenda oficial, para passear de moto pelas ruas de Brasília. No trajeto, o chefe do Executivo esteve no Setor Militar Urbano (SMU) onde visitou aliados, passou pelo Sudoeste e, em seguida, parou em um quiosque no Guará II onde comeu um frango assado na brasa acompanhado de um copo de refrigerante.
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Bolsonaro também cumprimentou e tirou foto com apoiadores que o chamaram de "mito". Questionado por jornalistas sobre a decisão do corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, que mandou tirar do ar a live da última quarta-feira, quando o presidente fez propaganda eleitoral para aliados usando a estrutura do Palácio da Alvorada, Bolsonaro caracterizou a medida como "estapafúrdia" e disse que continuará transmitindo a live diária, que haverá uma no final da tarde, mas não respondeu se será realizada no Alvorada. Segundo ele, as lives diárias ocorrerão até o dia das eleições do primeiro turno, 2 de outubro, com o objetivo de fortalecer a sua campanha eleitoral de reeleição e a de candidatos aliados.
"Dispensa comentários. É a minha casa. Quando eu cheguei eu desliguei o aquecedor da piscina. É mais de R$ 10.000 [de economia] por mês. Vou fazer live. Hoje vai ter live, tá ok?". "É uma decisão estapafúrdia. Invasão de propriedade privada. Enquanto eu for presidente, lá é minha casa".
Perguntado se recorrerá da decisão, o presidente rebateu concluindo: "Pergunta para a Advocacia-Geral da União".
O magistrado Benedito Gonçalves também proibiu que o presidente da República utilize recursos e instalações públicas para fazer transmissões com cunho eleitoral, além de impedi-lo de usar até mesmo o intérprete de libras que serve nos eventos de governo.
Depois do almoço, Bolsonaro passou pela Esplanada, onde também falou com simpatizantes e, de lá, retornou ao Palácio da Alvorada.
De um lado, apoiadores apontaram humildade por parte do presidente. Do outro, internautas acusaram o líder do Executivo de "cena montada" para autopromoção diante das eleições presidenciais.