Antes de participar da sabatina no CB.Poder especial — programa realizado em parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília, nesta quinta-feira (22/9), o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) esteve reunido com embaixadores da europeus na sede da Delegação da União Europeia (UE) no Brasil. A reunião, que durou cerca de uma hora, foi marcada pela preocupação dos diplomatas em questionar Ciro sobre a possibilidade de uma possível ruptura democrática no país. A possibilidade foi descartada pelo presidenciável.
A reunião foi comandada pelo embaixador da UE no Brasil, Ignacio Ybáñez, e teve a participação de representantes diplomáticos de diversos países do bloco que apontaram também preocupação com a relação bilateral Brasil-UE e com os investimentos europeus no país.
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Ciro afirmou que espera restaurar “a melhor tradição diplomática brasileira”. Também declarou sua condenação à invasão russa na Ucrânia, mas questionou aos embaixadores europeus a necessidade da expansão da Otan até os limites de São Petesburgo (Rússia). Assim como criticou a adesão da Suécia e Finlândia, que estaria “a poucos metros de São Petesbrurgo”. E afirmou aos europeus que, se eleito, deve dar preferência nas relações bilaterais e entre os grupos Mercosul e Brics.
Voto útil
Ao falar com os repórteres, que esperavam à porta da representação diplomática, foi questionado se não teria receio de ficar isolado, sem apoio no campo da esquerda, após realizar críticas tão duras ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Irritado, respondeu: “Acabei de conversar sobre relações internacionais, aí vem um pentelho de um jornalista me perguntar sobre o voto útil. O que você quer que eu faça, diga que não vou falar?” E voltou a defender a importância da eleição em dois turnos.
Sabatina no Correio
Encerrada a conversa com os jornalistas, o candidato seguiu para a sede do Correio para participar da sabatina realizada pelo CB.Poder especial, onde falou sobre temas como economia e educação, além de abordar os ataques a Lula e ao PT. Segundo ele, o ex-presidente e a legenda não querem derrotá-lo, mas "exterminar" o candidato.