O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta quinta-feira (22/9) que sejam criadas medidas punitivas para institutos de pesquisa que "erram demasiado ou intencionalmente para prejudicar qualquer candidatura". Ele criticou a divergência que há entre resultados de pesquisas eleitorais feitas por organizações diferentes.
"Nada justifica resultados tão divergentes dos institutos de pesquisas. Alguém está errando ou prestando um desserviço", afirmou o deputado em sua conta no Twitter. "Urge estabelecer medidas legais que punam os institutos que erram demasiado ou intencionalmente para prejudicar qualquer candidatura", completou. Lira disse ainda que não se pode permitir "manipulações de resultados".
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Diferença metodológica
As pesquisas eleitorais mostram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente de Jair Bolsonaro (PL), aliado de Arthur Lira, nas intenções de voto. A diferença entre os dois, porém, varia mesmo entre institutos renomados de pesquisa, como a Quaest e o Datafolha.
Especialistas atribuem as variações à diferença metodológica entre cada pesquisa. Algumas, por exemplo, são realizadas presencialmente, enquanto outras, por telefone. Aquelas realizadas a distância tendem a mostrar uma proximidade maior entre os candidatos.
Outro fator que pode influenciar é a divisão da amostragem. As pesquisas tentam reproduzir o mais fielmente possível a divisão presente na população brasileira de raça, gênero e renda, entre outros fatores. Pesquisas com porcentagem maior de participantes de baixa renda tendem a mostrar maior vantagem para Lula. Todas são consideradas válidas e certas, dentro de sua metodologia, e todas são registradas e validadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).