O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, voltou a criticar o Partido dos Trabalhadores, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante a sabatina do Estadão, em parceria com a FAAP, o pedetista alegou que no Brasil há um "fascismo de esquerda liderado pelo PT" e voltou a criticar aqueles que querem que as eleições sejam decididas ainda no primeiro turno.
Ciro disse que no Brasil há correntes políticas e ideológicas bastante fragmentadas e disse que há segundo turno justamente para que no primeiro turno cada cidadão escolha suas "preferências", buscando representatividade em "doutrinas e valores, inclusive morais". As críticas de Ciro se dão especialmente após Lula tentar engatar a vitória das eleições ainda no 1º turno.
Em seguida, o candidato alegou que, no Brasil, o "fascismo de esquerda e direita" querem simplificar as eleições. "Há um fascismo de esquerda também no Brasil, liderado pelo PT. Eles estão querendo simplificar de uma forma absolutamente dramática o debate e querem nada mais nada menos que aniquilar alternativas. Isto é uma tragédia", disparou Ciro Gomes.
Para ele, o voto em Lula na maior parte dos eleitores é justificado pelo "cara que vai tirar o Bolsonaro" e não por um verdadeiro apoio ao candidato. "A razão não é o Lula, nem a proposta do Lula, nem o dia seguinte. É nos livrar", disse. O candidato declarou que Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL) "representam o mesmo governo".
Ciro ainda ironizou artistas que o abandonaram para declarar voto em Lula. "É o voto Caetano Veloso, é o voto Tico Santa Cruz. Boas pessoas, mas todos com a vida ganha. Quem está preocupado com o dia seguinte é quem não tem plano de saúde, quem não tem como pagar a mensalidade escolar. É quem tá na fila de cirurgia eletiva"