O ex-presidente Lula (PT) realizou mais um evento de campanha em um estado chave para a disputa eleitoral de 2 de outubro. Durante discurso em Monte Claros (MG), na quinta-feira (15/9), o petista destacou a falta de recursos para combater a fome. Durante toda a fala, o candidato fez comparações entre os governos dele, entre 2003 e 2010, e o atual mandato de Jair Bolsonaro (PL).
Lula lembrou que fortaleceu estratégias para não deixar nenhum brasileiro passar fome, principalmente com a merenda escolar. “Vocês já perguntaram para a filha ou o filho de vocês a qualidade da comida que estão recebendo na merenda escolar? Vocês sabiam que faz cinco anos que não aumenta 1 centavo para comprar a merenda nas escolas? Que, em muitas escolas, as crianças estão comendo biscoito porque não tem outra coisa para comer?”, questionou ao público presente.
O tema da segurança alimentar, abordado pelo ex-presidente, é uma das principais bandeiras da esposa dele, Janja Lula, que ganhou espaço importante dentro da campanha
“Por que o ministro da Fazenda ou o presidente da República não levam os filhos deles para ir numa escola comer a merenda escolar que eles dão para os filhos do povo brasileiro?”, alfinetou.
O ex-presidente falou sobre a interferência que a fome tem na aprendizagem de uma criança e classificou esse problema como algo “dolorido”. Estavam ao seu lado os candidatos do PSD, Alexandre Kalil, que concorre ao governo, e Alexandre Siqueira, que pleiteia uma vaga ao Senado.
O petista também comentou os cortes no programa da Farmácia Popular, que teve verbas reduzidas para subsidiar o orçamento secreto. "Ele não é só mal educado, ao invés de apostar na educação, ele está vendendo armas, facilitando a compra de fuzil, de metralhadora, de pistola e milhares de balas. No meu tempo, a gente distribuía 16 milhões de livros didáticos no ensino médio, o MEC era o maior comprador de livros do mundo, porque é isso que a gente tem que distribuir”, comparou.
Lula também citou o crescimento do salário mínimo que, segundo ele, crescia anualmente quando era presidente. Falou sobre a demora para a retirada e processos de alguns benefícios, como a aposentadoria, auxílio maternidade, perícia médica e o Benefício de prestação continuada (BPC). “Se não acreditasse que a gente pode mudar esse país, não estaria aqui fazendo discurso. Estaria em casa” finalizou.