Eleições 2022

Ciro sobre militares na apuração das urnas: 'Iguala Brasil a republiquetas'

Candidato à Presidência pelo PDT participou nesta segunda (12/9) de encontro com jovens no Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) em São Paulo

O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta segunda-feira (12/9) que permitir a participação das Forças Armadas na apuração das urnas eletrônicas iguala Brasil a "republiquetas". Fala foi dada em resposta a informação sobre suposto acordo entre militares e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para apuração em tempo real das urnas, o que foi negado hoje pela corte.

"Isso vai nos transformando gradualmente naquilo que o preconceito internacional chama de 'República das Bananas'", comentou o pedetista durante encontro com jovens no Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) em São Paulo. "Quando você começa a dar prevalência a determinados grupos e a Constituição, não atribui a eles essa responsabilidade, você vai se igualando a essas republiquetas que são governadas por tiranetes ou ditadores corruptos, como a Nicarágua e a Venezuela", completou.

 

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Informação divulgada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo diz que os militares fizeram acordo com o TSE para fazer uma contagem paralela dos votos, em tempo real, em algumas urnas eletrônicas nas eleições de outubro. O número de equipamentos checados seria de, inicialmente, 385. Em nota, porém, o tribunal negou tal acordo, garantindo que os militares não terão "acesso diferenciado".

Investimento em educação e críticas a adversários

No encontro, Ciro defendeu que, se eleito, fará um maior investimento na educação. Uma das propostas mencionadas é que o Estado pague seis meses de bolsa de estágio a estudantes em empresas privadas. "A gente dá uma capacitação, mas a gente resolve aquela gravíssima contradição do jovem: ele não consegue o primeiro emprego porque não tem experiência, e não tem experiência porque não tem o primeiro emprego", disse o candidato.

Ciro também aproveitou para atacar os seus principais adversários, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para o pedetista, Bolsonaro era um "deputado cretino, do baixo clero".

Ao ser questionado por jornalistas sobre seus vídeos que circulam em redes bolsonaristas, nos quais ataca Lula, Ciro disse "que os petistas usam de munição aquilo que eu digo do Bolsonaro, que é um desastre para o Brasil, que é um fascista, que é um genocida". Segundo ele, contudo, "Lula é quem criou o Bolsonaro e mantém o Bolsonaro cevado como fez em 2018. Agora os petistas querem transferir para os outros as responsabilidades que são deles. São ou não são a organização criminosa mais corrupta da história moderna brasileira?"

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