Durante discurso realizado em Araguatins, cidade na região do Bico do Papagaio, em Tocantins, nesta sexta-feira (9/9), o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) voltou a tecer críticas ao PT. Ele prometeu que, se reeleito, pretende varrer o partido para o “lixo da história”. A fala ocorreu no mesmo dia da divulgação do assassinato de um petista, em Mato Grosso, por um bolsonarista. O presidente é o único dos principais candidatos ao Palácio do Planalto a não comentar o caso.
No evento, Bolsonaro disse que com a reeleição dele e a eleição do Ronaldo Dimas (PL-MDB-Podemos) — que é candidato a governador — em Tocantins, “pode ter certeza, de que varreremos para o lixo da história esse partido dito de trabalhadores, mas que é formado por desocupados”, disse o presidente.
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“Vamos nos livrar definitivamente do comunismo, que há muito ameaça o nosso Brasil. O Brasil é uma terra abençoada. Cada estado é um pedaço deste paraíso. Sabemos que é uma luta do bem contra o mal. O lado de lá quer o comunismo, o lado de lá quer legalizar o aborto, o lado de lá quer liberar as drogas e não respeita a propriedade privada, tampouco a nossa família”, reafirmou Bolsonaro.
Após participarem de uma motociata com apoiadores iniciada em São Miguel do Tocantins, os dois falaram novamente para o público presente no local. Bolsonaro por sua vez enalteceu o candidato a governador. “Passamos por momentos difíceis na pandemia. Nos momentos difíceis, o governo federal esteve ao lado do seu povo. Prezado Dimas, eu tenho certeza que você será o nosso governador. Você terá uma grande votação em todo o Estado, mas aqui em Axixá terá uma votação maior ainda”, disse.
Ronaldo Dimas, destacou que o governo liderado pelo presidente Bolsonaro fez as ações necessárias para salvar vidas e a sua visita ao Bico do Papagaio é mais do que simbólica. “Aqui é uma região de conflitos agrários e o senhor regularizou as terras, resolvendo um problema”, destacou.
Bolsonaro é o único candidato a não comentar assassinato
Após o assassinato do petista Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, candidatos à Presidência da República se manifestaram sobre o caso, repudiando a violência política no país. De acordo com o delegado Victor Oliveira, a briga que terminou em morte ocorreu no dia 7 de setembro. Bolsonaro, candidato à releição pelo PL, ainda não comentou sobre o caso.
Pelo Twitter, o ex-presidente Lula (PT) prestou solidariedade à família da vítima e disse que "o Brasil não merece o ódio que se instaurou no país". Ciro Gomes (PDT) afirmou que o petista morto foi "mais uma vítima da guerra fratricida, semeada por uma polarização irracional e odienta".
Já Simone Tebet (MDB), disse que o presidente Bolsonaro precisa "clamar por união e paz". Ela ainda criticou os discursos que incitam ao ódio.