O candidatos ao Planalto Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PL) criticaram, nesta sexta-feira (9/9), a fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que comparou as manifestações a favor do atual presidente durante o 7 de setembro com uma "reunião da Ku Klux Klan" porque "não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador” nos atos.
No Twitter, Bolsonaro postou um vídeo em que manifestantes passam uma nota de R$ 5 de mão em mão até chegar em um ambulante, que retorna, então, uma água até chegar ao comprador. Eles comemoram aos gritos de "aqui não tem ladrão".
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"Parece que o ex-presidiário se sentiu excluído após esse vídeo. Em resposta, chamou o povo de 'cuscuz clã', talvez porque assistiu a milhões de brasileiros vestindo amarelo", afirmou Bolsonaro. No vídeo, é possível ver manifestantes negros na multidão.
Já o pedetista Ciro Gomes afirmou que tanto Lula quanto Bolsonaro dizem absurdos, citando também o coro de "imbrochável" puxado pelo presidente ao discursar a apoiadores em Brasília durante o 7 de Setembro.
"Falsa divindade da esquerda"
"Agora é a falsa divindade da esquerda que chama os bolsonaristas de membros da Ku Klux Klan", disse o candidato. "Chamar indistintamente uma plateia, mesmo que de seguidores frenéticos, de membros da Ku Klux Klan, é tão grave e desrespeitoso quanto chamar alguém de nazista. Mas como desculpa e autocrítica não cabem na boca desta falsa divindade, tudo vai ficar por isso mesmo", completou.
A comparação feita pelo ex-presidente ocorreu durante comício em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. A Ku Klux Klan é um grupo violento dos Estados Unidos que defende a supremacia branca e perseguiu e matou negros no país.
"(Bolsonaro) roubou o direito do povo brasileiro de comemorar o dia da independência. Fez de uma festa do pais, uma festa pessoal. O ato do Bolsonaro parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz. Não tinha negro, pardo, pobre, trabalhador", discursou Lula.