Eleições 2022

Lula diz que Bolsonaro está 'usurpando o Sete de Setembro'

"Sete de Setembro é a comemoração de uma festa de interesse de 215 milhões de brasileiros", afirmou. Ex-presidente participou nesta terça (6/9) de reunião com coordenadores de sua campanha

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (6/9) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está "usurpando o Sete de Setembro do povo brasileiro" para transformar a data em uma "coisa pessoal". Em reunião com coordenadores de campanha, o petista também defendeu ainda ser possível uma vitória no primeiro turno.

"De um lado, nós temos o candidato que está no cargo, tentando utilizar a máquina pública. Inclusive agora, usurpando o Sete de Setembro do povo brasileiro para ser uma coisa pessoal dele", afirmou, durante reunião de sua coordenação de campanha. Para Lula, o Dia da Independência "é a comemoração de uma festa de interesse de 215 milhões de brasileiros". Estavam presentes ainda seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a esposa do petista, Janja, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), além de outros membros da campanha à Presidência. 

Saiba Mais

Vitória no primeiro turno

O presidente também discursou sobre os demais candidatos nas eleições, dos quais também sofre ataques. O presidenciável do PDT, Ciro Gomes (PDT), é um dos mais eloquentes nesse sentido, mas Lula também é criticado pelos outros concorrentes ao Planalto, como a senadora Simone Tebet (MDB).

"E é normal, a gente tem que compreender. Eles atacam o Bolsonaro porque eles querem ganhar uns pontinhos do eleitor do Bolsonaro. E eles me atacam porque eles têm medo de que eu ganhe as eleições no primeiro turno", discursou o ex-presidente. "E a gente não tem que ter vergonha de dizer que quer ganhar no primeiro turno. [...] Por que quem tem 45% [nas pesquisas] não pode sonhar apenas com mais cinco e ganhar no primeiro turno?", completou.

Aos membros da campanha, o petista afirmou que não se pode "fazer jogo rasteiro" e devolver as críticas aos demais candidatos, mas que é preciso focar em temas como a fome, a economia e o trabalho informal. Aos seus apoiadores, Lula disse que sua campanha ainda não tem visibilidade na rua e que é preciso consegui-la nos próximos dias, aumentando a participação social.