Violência política

'Quem insinua pode cumprir', diz Lula sobre Bolsonaro após ataque a Kirchner

O ex-presidente está em São Luis nesta sexta (2/9) e concedeu entrevista antes de ir para o comício na capital maranhense

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2/9) comentou, nesta sexta-feira (2/9), a tentativa de homicídio sofrida ontem (1º/9) pela vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Segundo o petista o "bom senso" indica que é preciso estar alerta aos casos de violência. Ele também acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de não saber conviver democraticamente e disse que "quem insinua pode cumprir'.

"Eu acho que o bom senso indica que a gente tem que ter isso como um alerta. Eu acho que o bom senso indica que nós precisamos ficar alertas com o que pode acontecer no Brasil, porque nós temos visto todo santo dia na imprensa, nós temos lido, temos visto na televisão, uma insinuação. E quem faz insinuação pode cumprir o que está prometendo", disse Lula, em coletiva a jornalistas em São Luís. O candidato participará ainda nessa noite de um comício na cidade.

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Políticos têm que estar atentos à violência

Ele foi questionado por jornalistas sobre a tentativa de assassinato de Kircher. Ontem (1º/9), um brasileiro apontou uma arma para o rosto da vice-presidente argentina e puxou o gatilho, mas o disparo falhou. O ataque aumenta o alerta com a segurança de Lula, que já é classificada pela Polícia Federal como de mais alto risco.

Lula afirmou ainda que Bolsonaro não está habituado à convivência democrática e não conversa com setores da sociedade como sindicalistas ou indígenas. O candidato também citou as obras de transposição do Rio São Francisco, um ponto de disputa entre os dois adversários na campanha eleitoral. Enquanto o governo de Bolsonaro inaugurou as obras, os do PT completaram a maioria da construção.

"Todos nós que somos políticos temos que estar atentos à violência provocada por aqueles que não sabem viver democraticamente", afirmou o ex-presidente. Lula afirmou ainda que o atual presidente não sabe governar sem ter um inimigo "para jogar a culpa das coisas que ele não tem capacidade de fazer".

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