Eleições 2022

Bolsonaro critica proibição de celular na hora de votar: 'Mais um abuso do TSE'

"Eles estão tomando várias medidas que prejudicam sempre o nosso lado", disse Bolsonaro sobre a corte eleitoral

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, nesta sexta-feira (2/9), a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibição do porte de armas nas seções eleitorais e o uso de celular na cabine de votação durante o dia do pleito, aprovada por unanimidade em sessão administrativa da Corte ontem.

“No meu entender, é mais um abuso do TSE. Eles estão tomando várias medidas que prejudicam sempre o nosso lado. Lamentavelmente, o TSE tem agido dessa maneira, espero que o povo vá votar, participe”, apontou a jornalistas após discurso na Expointer em Esteio, no Rio Grande do Sul.

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Segundo o TSE, na cabine de votação é vedado portar aparelho de telefonia celular, máquina fotográfica, filmadoras e equipamentos de radiocomunicação ou qualquer acessório que possa comprometer o sigilo do voto. Caso o eleitor se negue a entregar, ele será proibido de votar.

A presidência da mesa receptora também será autorizada a acionar a força policial para “adoção de providências necessárias”. O tribunal afirmou que o objetivo é “garantir o sigilo do voto previsto na Constituição Federal, além de evitar eventuais coações aos próprios eleitores''.

Pesquisas eleitorais

Ainda no Rio Grande do Sul, Bolsonaro disse não acreditar em pesquisas eleitorais, que mostram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na dianteira das intenções de voto. E ironizou dizendo que, se o levantamento mostrou segundo turno, é porque ele, Bolsonaro, deverá vencer em primeiro turno.

A pesquisa Datafolha divulgada ontem mostra que Lula caiu de 47% para 45%, enquanto Bolsonaro manteve os 32%, diminuindo a chance da disputa ser encerrada no primeiro turno.

“Eu não acredito em pesquisa como o Datafolha falou ontem que vai ter segundo turno. Se falou que vai ter segundo turno é porque não vai ter, a gente vai ganhar no primeiro turno. E é fácil decidir. É fácil. O agro está conosco, os cristãos estão conosco, o outro lado fala barbaridades de religiões, até não fala nada sobre a questão da Nicarágua, onde se fecha rádios católicas, se expulsa freiras, se prende padres. Nós não podemos achar que esse país está agindo dentro da normalidade, de fechar os olhos para isso.”

E em indireta a Lula, o presidente disse defender a liberdade de imprensa: “Repito: liberdade acima de tudo e a de vocês, imprensa, tem que haver por mais que haja equívocos, a liberdade de expressão e também para as mídias sociais. Pode ter certeza que, numa reeleição, a gente vai garantir tudo isso aí”.

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