O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (1º/9) que não vê problema em substituir os ministros da Esplanada caso "algum desafine na orquestra" e comentou ainda sobre as trocas feitas na Petrobras: "Se tiver que ir para o oitavo, eu vou". As declarações ocorreram durante sabatina da RedeTV!.
"É natural, tinha 22, tenho 23 ministros, algum desafina na orquestra, então tem que trocar. Você vê a Petrobras, eu fui para o quarto. A grande imprensa bateu em mim. Se tiver que ir para o oitavo, eu vou. Tem que botar uma pessoa lá que realmente interprete a Petrobras, veja seu lado social para que ele possa, por exemplo, administrar o que é a tal da PPI, o preço com paridade internacional".
"Não precisava ser corrigido da forma como era nos presidentes anteriores. Esse aqui interpreta agora a luz da Constituição e a luz da lei das estatais, por isso a redução dos combustíveis. Hoje mais uma redução de 20 centavos no preço da gasolina lá na refinaria. E a gasolina na maioria dos postos do Brasil está abaixo de R$ 5, etanol abaixo de R$ 4", concluiu.
O atual presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, é o quarto chefe da estatal do atual governo. Ele foi nomeado em meio à ofensiva do Palácio do Planalto sobre a empresa para diminuir o preço dos combustíveis na bomba em ano eleitoral. Os presidentes anteriores caíram por resistirem à ingerência política de Bolsonaro sobre a Petrobras. Andrade assumiu a presidência no lugar de José Mauro Coelho, que havia sucedido o general Joaquim Silva e Luna, que liderou o posto após a demissão de Roberto Castello Branco.