O presidente Jair Bolsonaro (PL), em live eleitoral nesta sexta-feira (30/9), disse que foi "cumprir tabela" no debate presidencial realizado pela TV Globo nesta quinta-feira (29/9) e elogiou o desempenho do candidato Padre Kelmon (PTB). Na penúltima live diária antes do primeiro turno, no domingo (2/10), ele também criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu que seus apoiadores vistam camisas amarelas durante a votação e pediu votos a candidatos aliados para vagas de governador, deputado federal e senador.
"Ontem tivemos aí o debate na Globo. Eu acho que tudo correu bem. É um local que eu não me sinto bem, estar lá naquele Projac. Eu fui cumprir tabela lá, acho que fiz a minha parte. Acho que o padre foi muito bem. O nível de algumas pessoas ali é baixíssimo, mas vida que segue", avaliou Bolsonaro. Apesar de adversários na disputa ao Planalto, Padre Kelmon é aliado do atual presidente e elogiou seu governo durante o programa.
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O presidente voltou também a defender que o Auxílio Brasil de R$ 600 será mantido. "Está garantida, da nossa parte, a continuidade desse valor para 2023 também. Está acertado com a equipe econômica, com o Paulo Guedes. Tem recurso. Tem de onde tirar o dinheiro dentro da responsabilidade fiscal. A inflação não vai aumentar por causa disso, não vamos ter problema de dólar, de bolsa, de nada", disse Bolsonaro.
Mais curta do que de costume, a live desta sexta foi, em grande parte, para divulgar os candidatos apoiados pelo presidente nos estados. Além disso, o mandatário pediu a seus apoiadores que vão votar no domingo vestidos, de preferência, de amarelo.
"Não tem mais camisa de futebol do Brasil à venda", afirmou Bolsonaro. "Vá votar no domingo, e vá com a camisa amarela, de preferência. Se não a amarela, vai a verde, mas a amarela chama mais atenção. [...] Para mostrar que numa seção eleitoral tem muito mais gente indo votar em nós do que em outros candidatos", completou, acrescentando que alguns apoiadores podem não ter as cores ou "preferir discrição".
Bolsonaro também aproveitou a live para criticar o programa de governo de Lula. "Esse pessoal de esquerda, eles são pró-Estado. Eles são pró-sindicato. Eles querem controlar tudo. Aqui no plano de governo do Lula, que ele recolheu, tava previsto ali regulação do agronegócio. O que é realugar o agronegócio? É cobrar alguma coisa", falou o presidente. Uma das versões do programa apresentando ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela campanha de Lula previa a "regulação e constituição de uma agroindústria". Após críticas, a medida foi retirada do documento e o coordenador do programa, Aloizio Mercadante (PT), disse que ela foi incluída por engano.
"O que ele [Lula] vinha falando? E obviamente, como ele não tem plano, não está no papel. Regular mídia. Valorizar o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), Relativizar a propriedade privada. Liberação das drogas. Manutenção da política de ideologia de gênero. Legalização do aborto. Desarmamento da população", discursou Bolsonaro. "Vem falando também de reaproximar-se de países como Venezuela, Cuba, essa é a política deles. Voltar a emprestar recursos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) para ditaduras", acrescentou. O presidente disse ainda que, se reeleito, não vai demarcar terras indígenas.
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