O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reforçou, mais uma vez, a confiança nas urnas eletrônicas, na democracia e no processo eleitoral brasileiro. Pacheco discursou no Plenário do Senado, nesta sexta-feira (30/9), em encontro com observadores internacionais que vieram ao Brasil acompanhar o pleito de domingo.
“É uma honra porque temos nesta comitiva autoridades eleitorais de outros países e grandes especialistas no tema das eleições e da democracia. Essa presença tão expressiva e tão variada demonstra o interesse internacional em nosso país e no nosso sistema eleitoral, particularmente pela utilização, com inegável sucesso, de urnas eletrônicas já há 25 anos, conforme me aprofundei no dia de ontem. Nas últimas eleições gerais tivemos cerca de 50 convidados neste programa. Hoje, temos a satisfação de contar com 87 participantes de 26 países diferentes”, discursou.
“Esse é um intercâmbio saudável, do qual o Brasil tem participado ativamente. Assim como já acompanhamos, como convidados, as eleições em vários países, representantes de outras nações têm acompanhado as eleições brasileiras há pelo menos seis pleitos”, acrescentou.
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Pacheco ainda fez uma contextualização histórica do Brasil no início da República no Brasil, em 1889. O presidente do Senado lembrou que a forma de governo possui herança no “coronelismo”, mas, com o advento da Justiça Eleitoral em 1932, o processo eleitoral passou a evoluir de modo a romper com práticas autoritárias e de pouca transparência e na hora da votação. O presidente do Congresso brasileiro voltou a mencionar as eficiência das urnas eletrônicas e afirmou que o sistema é “motivo de grande orgulho nacional”.
“A Justiça Eleitoral promoveu diversas inovações ao nosso sistema. Uma delas, a urna eletrônica, revelou-se fundamental à concretização dos princípios eleitorais. Possibilitou assegurar o voto secreto e universal, de fato. Viabilizou uma apuração rigorosa, transparente e rápida, essencial para que as eleições tenham resultados incontestes. A urna eletrônica, juntamente com outros mecanismos desenvolvidos pela Justiça Eleitoral, constitui um pilar da democracia brasileira. E repito: é motivo de grande orgulho nacional.”
Ao longo do ano, Pacheco fez diversas defesas das urnas eletrônicas, especialmente quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados, levantavam — sem provas ou indícios — insinuações e questionamentos sobre a segurança das urnas, e até afirmações de que as urnas foram fraudadas nas últimas eleições presidenciais. Durante a semana, o partido de Bolsonaro, PL, enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 24 questionamentos sobre as urnas.
A inspeção foi aberta a todos os partidos e a órgãos como o Ministério Público e universidades federais, mas só o partido do presidente da República questionou a lisura do equipamento de votação.
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