ELEIÇÕES 2022

Moraes inclui documento do PL sobre urnas no inquérito das fake news

TSE divulgou uma nota chamando o documento do partido de Bolsonaro de "falso e mentiroso"

Luana Patriolino
postado em 28/09/2022 20:08 / atualizado em 28/09/2022 20:10
O ministro Alexandre de Moraes é o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). -  (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)
O ministro Alexandre de Moraes é o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). - (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)

Após tomar conhecimento das novas acusações do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou uma nota afirmando que as declarações da legenda são “falsas e mentirosas, sem nenhum amparo na realidade”. O presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, ainda ordenou que o documento da legenda seja incluído no chamado inquérito das fake news.

“Para apuração de responsabilidade criminal de seus idealizadores – uma vez que é apócrifo –, bem como seu envio à Corregedoria Geral Eleitoral para instauração de procedimento administrativo e apuração de responsabilidade do Partido Liberal e seus dirigentes, em eventual desvio de finalidade na utilização de recursos do Fundo Partidário”, disse o tribunal.

No fim da tarde desta quarta-feira (28/9), o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, divulgou uma nota na qual acusa, sem provas, as urnas eletrônicas de serem fraudáveis por funcionários da própria Corte. O posicionamento é diferente que o adotado nesta mesma manhã, quando o presidente da legenda, ao visitar o TSE, reconheceu que não há “sala secreta” no tribunal.

No documento intitulado Resultados da Auditoria de Conformidade do PL no TSE, o PL repete as acusações que são constantemente feitas por Bolsonaro — e que agiria dentro da "sala secreta" apresentada horas antes. "Somente um grupo restrito de servidores e colaboradores do TSE controla todo o código-fonte dos programas da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais. Sem qualquer controle externo, isto cria, nas mãos de alguns técnicos, um poder absoluto de manipular resultados da eleição, sem deixar qualquer rastro", diz o PL.

Segundo o TSE, o PL reuniu “informações fraudulentas e atentatórias ao Estado Democrático de Direito e ao Poder Judiciário, em especial à Justiça Eleitoral, em clara tentativa de embaraçar e tumultuar o curso natural do processo eleitoral”.

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