Representantes da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram, nesta quarta-feira (28/9), com integrantes da missão de observação eleitoral enviada pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Entre os temas debatidos na reunião, realizada em São Paulo, estavam a violência política, ataques às instituições democráticas feitos por Jair Bolsonaro (PL) e o uso da máquina pública para favorecer a campanha à reeleição do chefe do Executivo.
Os membros da OEA estão realizando encontros com representantes dos candidatos e partidos que disputam o Planalto.
"A violência nos preocupa muito. Os homicídios que estão acontecendo em razão da política não podem continuar, e a OEA tem um papel importante para fazer essa denúncia no plano internacional", disse a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, durante o encontro. "Pedimos que a OEA reconheça todas as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), inclusive, assim que sair o resultado das eleições. Que isso seja reconhecido imediatamente pela comunidade internacional", completou.
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Candidatos falam com observadores antes do primeiro turno
Na segunda-feira (26/9), eles foram recebidos pelo presidente Bolsonaro. Os observadores também tiveram reuniões com o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, com o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, e com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Burno Dantas. Também nesta quarta eles estiveram com o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB), que coordena o programa de governo de Simone Tebet (MDB).
O advogado da campanha de Lula, Cristiano Zanin, também esteve presente na reunião, e alertou contra a disparada de notícias falsas no período eleitoral, citando os processos que levou ao TSE contra Bolsonaro e aliados. "O que buscamos mostrar é que a nossa visão está plenamente amparada por decisões proferidas pelo TSE. Não se trata, portanto, de um ponto de vista, mas sim de algo oficialmente reconhecido pelo principal tribunal do país", disse.
Por sua vez, o chefe da missão da OEA Ruben Ramírez Lezcano, disse que os observadores querem ter uma participação ativa no processo eleitoral, mas que, até o final do pleito, preferem apenas ressaltar que estão fazendo o trabalho de acompanhar os processos. "Nós vamos dar uma declaração importante no sábado. Estamos convocando a sociedade brasileira a participar plenamente do processo eleitoral do Brasil", disse Lezcano, citando ainda que vão disponibilizar um relatório ao final da votação.
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