Eleições

Polícia Federal mostra drones que vão fiscalizar propaganda eleitoral

A demonstração de drones, no estádio Mané Garrincha, antecipa a tecnologia usada por autoridades para prevenção e combate de crimes eleitorais

João Gabriel Freitas*
postado em 28/09/2022 16:49 / atualizado em 28/09/2022 16:50
 (crédito:  Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

A Polícia Federal fez uma demonstração do uso de drones para fiscalização da propaganda eleitoral, nesta quarta-feira (28/9), em Brasília. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), a tecnologia vai auxiliar na prevenção e no combate de crimes eleitorais, como boca de urna e transporte ilegal de eleitores.

De acordo com as autoridades, os dispositivos têm tecnologia capaz de os tornarem imperceptíveis ao voarem em elevada altitude. Os equipamentos contam com câmeras capazes de realizar zoom suficiente para identificar suspeitos, placas de veículos, entrega de santinhos e situações de compra de votos, com imagens de alta nitidez.

Em seguida, as imagens capturadas serão transmitidas a uma equipe da polícia, que estará preparada para monitorar todas as eleições e adotar as medidas cabíveis diante de atividades suspeitas. O uso de monitoramento por drone é uma das novidades da Justiça Eleitoral para 2022 em relação à última disputa presidencial, porém, o mecanismo já foi testado em 2020. Esse incremento à segurança no pleito será articulado em vários estados do Brasil, como no Mato Grosso.

Na reta final do planejamento da segurança para as Eleições 2022, o Gabinete de Gestão Integrada (GGI) aprovou o plano operacional para utilização de drones na véspera, dia do pleito e após a votação. O assunto foi tratado nesta segunda-feira (19/9), na penúltima reunião ordinária do GGI, realizada no TRE de Mato Grosso.

O mesmo movimento acontece no Rio Grande do Sul. A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS) informou que todo o efetivo policial estará mobilizado no próximo domingo para garantir a integridade do processo eleitoral, inclusive por meio de drones.

  • 28/09/2022. Crédito: Ed Alves/CB. Cidades. Brasil. Brasília - DF. Policia Federal faz demonstração com drones para fiscalização - Eleições 2022. Representantes do TRE e o Presidente Roberval Belinati. Ed Alves/CB/D.A Press

Distrito Federal

No Distrito Federal, a PF revelou que três aeronaves pilotadas remotamente vão sobrevoar as principais zonas eleitorais. No pronunciamento oficial, o presidente do TRE-DF, desembargador Roberval Belinati, disse que a Justiça Eleitoral vai “reprimir qualquer ato ilícito no dia do pleito” e pediu por “tranquilidade” nas áreas de votação.

“Nós passamos à população essa mensagem para que tomem cuidado com confusões, se afastem de momentos que não sejam adequados para a realização do pleito eleitoral. Nós queremos tranquilidade nas eleições, queremos paz e harmonia e vamos comemorar essa oportunidade que nós vamos ter de, democraticamente, escolhermos nossos representantes”, afirmou o gestor.

Acerca da operação, o delegado Gustavo Buquer, chefe de Repressão e Combate ao Crime Organizado da PF, explicou que as naves serão usadas a partir de sábado (1º/10), para evitar o cometimento de crimes eleitorais. Ele comentou também que a quantidade de dispositivos será suficiente para cobrir todo o DF e Entorno. "O objetivo é dar uma capilaridade (à informação) para nossos policiais que estão em terra verificarem. E eles têm capacidade, inclusive, para identificar as pessoas, captar imagens, fotografias, para que a gente possa, depois em terra, buscar aqueles que estavam cometendo os crimes, caso elas venham tentar evadir do loca”, destacou Buquer.

Em seguida, o chefe da Operação dos drones, Delegado Franco Perrazoni, destacou o trabalho conjunto entre inteligência e profissionais em campo para impedir possíveis problemas. “A ideia, efetivamente, é reprimir delitos ambientais principalmente boca de urna, compras de voto, etc. Nós vamos atuar com equipes de apoio com as equipes de polícia judiciária, verificando algum flagrante, teremos de filmar e passar para as equipes de solo que darão o apoio e vão tentar prender em flagrante.”

* Estagiário sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza

 

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