Os Estados Unidos pediram ao Brasil pela realização de eleições "livres e limpas" em 2 de outubro, ao mesmo tempo em que advertiram contra a violência e afirmaram que vão observar a votação "de perto". Nesta terça-feira (27/9), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que os norte-americanos vão “monitorar de perto e confiar na fortaleza das instituições democráticas do Brasil".
A discussão veio à tona em meio à onda de ataques por motivações políticas entre a população e à possibilidade do presidente Jair Bolsonaro (PL) não aceitar os resultados do pleito caso seja derrotado. "Temos visto informes recentes de violência e embora o direito de protestar seja fundamental em qualquer democracia, os Estados Unidos condenam qualquer ato de violência e instam os brasileiros a se fazerem ouvir de forma pacífica", afirmou Jean-Pierre.
A eleição presidencial deste ano registra uma polarização que tem provocado crimes baseados em divergências partidárias, sobretudo atreladas aos líderes da corrida ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro. O primeiro grande caso nacional neste sentido foi em julho, quando o agente penitenciário federal e bolsonarista Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário do dirigente do PT em Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, e o assassinou a tiros. Como atenuante, apenas no último final de semana ocorreram ao menos três casos desse tipo no Ceará, em Santa Catarina e no Rio de Janeiro.
A secretária norte-americana ressaltou que os Estados Unidos recriminam atos de violência e defendem um processo eleitoral “justo, limpo e confiável”. "Como parceiros, como democracia parceira do Brasil, acompanhamos as eleições com a plena expectativa de que serão realizadas de forma livre, justa, limpa e confiável, com todas as instituições relevantes operando de acordo com a ordem constitucional", finalizou Karine Jean-Pierre.
*Estagiário sob a supervisão de Pedro Grigori
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