Os ministros Alexandre de Moraes e Bruno Dantas, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunal de Contas da União (TCU), respectivamente, reúnem-se nesta segunda-feira (26/9) para discutir sobre as auditorias das urnas eletrônicas nas eleições de 2022. Eles ainda devem tratar sobre as sugestões dos militares acerca da contagem paralela de votos.
O tribunal de contas vai fazer a apuração de 4.161 urnas no dia do pleito nos 26 estados e no Distrito Federal para bater os extratos de votação com os dados que são enviados à Justiça Eleitoral. Em julho, o TCU validou, pela terceira vez, a segurança das máquinas que serão usadas. Segundo relatório de auditoria, assinado por Bruno Dantas, o TSE possui planos suficientes para prevenir, detectar, obstruir e neutralizar qualquer ação que ameace a segurança dos votos.
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Questionamentos
Em setembro, o TCU enviou ao Ministério da Defesa uma série de questionamentos sobre a contagem de votos que os militares farão no dia 2 de outubro.
Tradicionalmente, os militares atuam nas eleições no apoio logístico e realizando transporte de urnas eletrônicas, pessoas e materiais para locais de difícil acesso. No entanto, desde que foram inseridas, por meio da Comissão de Transparência das Eleições (CTE), as Forças Armadas passaram a enviar sugestões para o pleito e questionar o sistema de votação.
O grupo é formado por diversas entidades com representantes do Ministério Público Federal (MPF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Congresso Nacional, Polícia Federal, universidades, entre outros.
Desde que assumiu o comando do TSE, Moraes tem feito reuniões institucionais e dialogado com os militares. O encontro com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, foi um dos primeiros da agenda como novo presidente do órgão. A reunião simbolizou uma tentativa de diálogo de aproximação entre os Poderes — que têm uma relação estremecida por conta do papel dos militares na votação.
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