Eleições 2022

Bolsonaro faz piada apesar de afirmar não defender violência política

Questionado pela jornalista representante da revista Veja, Clarissa Oliveira, o presidente afirmou que não tem culpa se eleitores agem em seu nome

Sarah Paes - Especial para o Correio
postado em 24/09/2022 21:39
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

A jornalista representante da revista Veja, Clarissa Oliveira, direcionou a pergunta dela ao candidato Jair Bolsonaro (PL) e pediu comentário de Ciro Gomes (PDT) no debate promovido neste sábado (24/9) pelo SBT e pela CNN. O tema do seu questionamento a Bolsonaro foi sobre os casos graves de violência política que aconteceram no Brasil desde o início da campanha.

Para formular a pergunta, exemplificou casos de crimes feitos por pessoas que se declararam eleitores do atual presidente. “O caso do bolsonarista que assassinou um petista durante uma festa de aniversário, um outro apoiador do presidente que matou também um petista com golpes de faca e machado, e na última sexta-feira uma jovem tomou uma paulada na cabeça ao discutir com um bolsonarista sobre a eleição. O senhor chegou a dizer lá atrás que é preciso fuzilar a petralhada. Quero saber se o senhor se arrepende dessa declaração?”, perguntou Clarissa.

Na resposta, o candidato primeiro fez uma piada a respeito de torcer para o time de futebol Palmeiras e pediu para que o time não brigue, caso contrário ele será responsabilizado. Ele acusou a jornalista de não ter falado sobre o caso de um petista que matou a esposa e um filho de 2 anos. “Querer me responsabilizar por essas ações não tem cabimento", afirmou Bolsonaro. “Esse caso lamentável do Rio Grande do Sul, eu recebi o irmão da vítima que disse para todos que votava em mim”, continuou.

Por fim, criticou jornalistas que relacionam os casos de violência a ele e afirmou que o que deseja é a paz. “Prezada jornalista, por favor, se alguém briga na rua vai que ele seja favorável a mim, imputar essa responsabilidade a mim foge de um jornalismo minimamente sério. Nós queremos a paz, queremos a tranquilidade, queremos o futuro do nosso Brasil e não da boca pra fora”, finalizou.

Em seu direito de comentar, Ciro criticou que durante o debate não deram a ele minimamente a oportunidade de explicar sua proposta de fazer um programa de renda mínima e, após desviar o assunto sobre o assunto pedido foi de afirmar que “quem criou essa história de nós contra eles foi o PT e o Bolsonaro adora porque um resolve o problema do outro”, concluiu o candidato a respeito do assunto sobre violência política.

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