São Paulo

Lula engrossa campanha anti-abstenção e diz que Bolsonaro quer ausência nas urnas

Lula afirmou ainda que, em 2 de outubro, o Brasil vai conquistar a "segunda independência" e alertou: "O nível da campanha vai baixar, então vocês precisam ficar espertos. Primeiro, no zap, não acreditem nas mentiras que vocês vão receber"

Agência Estado
postado em 24/09/2022 14:13 / atualizado em 24/09/2022 14:14
 (crédito: RICARDO STUKERT/PT; ALAN SANTOS/PR)
(crédito: RICARDO STUKERT/PT; ALAN SANTOS/PR)

Sob sol intenso no extremo sul da capital paulista, o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou neste sábado (24) em comício no bairro do Grajaú que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, tem como estratégia política esvaziar a ida às urnas. A declaração reforça a campanha petista anti-abstenção, que visa, com isso, tentar vencer a disputa em primeiro turno.

"Deixa eu fazer apelo para vocês. Tudo o que o nosso principal adversário quer é que o povo não compareça para votar. O problema de a gente não votar é que, se a gente não votar, perde a autoridade moral de cobrar", declarou o petista. "Houve uma abstenção muito grande na última eleição. A gente não pode ter 20% de abstenção e 10% de voto nulo", acrescentou.

Lula afirmou que, em 2 de outubro, data do primeiro turno, o Brasil vai conquistar a "segunda independência" e ainda alertou para um aumento de temperatura da disputa política. "O nível da campanha vai baixar, então vocês precisam ficar espertos. Primeiro, no zap, não acreditem nas mentiras que vocês vão receber".

Em busca de uma maioria no Congresso, se eleito, Lula pediu empenho dos militantes para eleger aliados que não apoiem a privatização de empresas públicas. "Vamos fazer revolução sem comprar uma arma, sem dar um único tiro", seguiu o candidato, na tentativa de se contrapor a Bolsonaro, defensor do armamento da população. "Nosso adversário não preside esse país, porque não governa". De acordo com o petista, Bolsonaro acorda todos os dias com enxaqueca em razão das pesquisas de intenção de voto que apontam a liderança do PT.

Lula reforçou críticas à Operação Lava Jato e ao ex-juiz Sergio Moro, mas disse ter se preparado ao longo dos 500 dias de prisão como o líder sul-africano Nelson Mandela, para deixar o cárcere sem raiva.

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