O Instituto Datafolha divulgou, na noite desta quinta-feira (22/9), uma nova rodada da pesquisa que analisa a preferência dos eleitores em relação aos candidatos à Presidência da República. O ex-presidente Lula (PT) oscilou dois pontos para cima, e marcou 47%. Jair Bolsonaro (PL) se manteve com 33%. Entre os votos válidos, onde são desconsiderados brancos e nulos, o petista atinge 50% e pode vencer no primeiro turno.
Vale lembrar que nas eleições o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considera apenas os votos válidos. Para que o pleito seja decidida no dia 2 de outubro, um candidato precisa atingir 50% mais um voto.
O levantamento mostra ainda que Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) seguem empatados por meio da margem de erro, de dois pontos percentuais. O pedetista oscilou um ponto para baixo, de 8% para 7%, e a emedebista continuou com a marca obtida no último levantamento, de 5%.
Soraya Thronicke (União Brasil) oscilou de 2% para 1%. Os candidatos Felipe D'Ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Vera Lúcia (PSTU), Leo Péricles (UP), Constituinte Eymael (DC) e Padre Kelman (PTB) não pontuaram.
Brancos e nulos marcam 4%, e 2% dizem não ter decidido ainda em quem votar. A pesquisa desta sexta-feira foi realizada entre terça (20/9) e esta quinta e entrevistou 6.754 pessoas, acima de 16 anos, em 343 cidades. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº BR-04180/2022.
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos, com nível de confiança de 95%. A pesquisa foi contratada pela empresa Folha da Manhã S/A, que edita o jornal Folha de S.Paulo, e pelo grupo Globo ao custo de R$ 473.780.
Eleitores até 2 salários mínimos: Bolsonaro se torna mais impopular e Lula cresce
Grupo de entrevistados de maior representatividade na pesquisa Datafolha, que representa 51% do total, os eleitores que ganham até dois salário mínimos apresentaram uma intensa movimentação na preferência de voto. Lula, que lidera no segmento, se tornou mais forte: o petista cresceu de 52% para 57%, em relação ao levantamento de 15 de setembro.
Já Bolsonaro se tornou mais impopular: de 27% da intenção de votos, o presidente caiu para 24%. Apesar dos esforços para trazer benefícios econômicos aos brasileiros, como o Auxílio Brasil turbinado, as bolsas para caminhoneiros e taxistas e uma redução nos preços dos combustíveis, o chefe do Executivo não conseguiu crescer no grupo.
A queda pode ser justificada porque nenhuma das ações do presidente foi capaz de diminuir o preço dos alimentos, que tem afetado o carrinho de compras dos brasileiros e até mesmo feito outros 30 milhões a não terem nada para comer em, ao menos, três refeições diárias.
No entanto, as medidas tiveram efeito na classe média baixa que é impactada pelos alívios na gasolina: os eleitores que recebem entre 2 a 5 salários mínimos — o que representam 34% da amostra da Datafolha. De um empate em que tinha desvantagem a Lula, de 39% a 40% para o petista, Bolsonaro subiu para 43%, ante 36% do adversário.
Segundo turno
Lula seria o próximo presidente do Brasil caso o segundo turno da eleição presidencial fosse decidido nesta quinta-feira (22/9). O petista marca 54% da preferência do eleitorado ouvido pela pesquisa, ante 38% de Bolsonaro. Os dois candidatos permaneceram com os mesmos percentuais do último levantamento. Outros 7% afirmam que votariam em branco e 2% não opinaram.
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