Se for eleito, Ciro Gomes afirma que vai recriar Ministério da Cultura

A pasta foi extinta em 2019, quando passou a integrar o Ministério do Turismo. "Eu quero fazer um fundo nacional de cultura adaptado", explicou

Raphael Pati*

postado em 22/09/2022 16:15 / atualizado em 23/09/2022 21:29

O pedetista ainda ressaltou que pretende, por meio da força de uma lei, abrir espaço para programações culturais na televisão e em outros espaços públicos - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Em entrevista ao CB.Poder - programa do Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília —, nesta quinta-feira (22/9), o candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), afirmou que vai recriar o Ministério da Cultura, caso seja eleito. Ele ainda disse que o orçamento destinado à cultura será o maior da história do Brasil.

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  22/09/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Eleições 2022, sabatina com o candidato a presidente da república Ciro Gomes. Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
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“Eu quero fazer um fundo nacional de cultura adaptado, para que uma fração desse dinheiro seja para essas expressões, e não de retorno comercial, embora o orçamento seja tudo, eu vou buscar, essa é a meta do meu projeto e será o maior orçamento de formato à cultura da história do Brasil”, prometeu.

O antigo Ministério da Cultura foi extinto em 2019, e passou a integrar o Ministério do Turismo. “As leis de fomento (à cultura) — a Lei Rouanet, por exemplo —, elas foram adulteradas ao longo do tempo e, praticamente, elas só financiam hoje as expressões estéticas e culturais de retorno comercial. E nós precisamos fomentar o experimentalismo estético, artístico e cultural, nós temos que chegar na periferia”, afirmou Ciro Gomes.

Desestruturação da cultura

O pedetista ainda ressaltou que pretende, por meio da força de uma lei, abrir espaço para programações culturais na televisão e em outros espaços públicos, além de afirmar que a identidade cultural nacional estaria se “desestruturando”.

“Nossos hábitos de alimento, nossos hábitos de vestir, nosso sotaque pasteurizando, e eu quero, inclusive, gradualmente, fazer com que as redes nacionais comecem a, forçosamente, por lei, a abrir nichos crescentes e graduais, porque isso não pode ser feito do dia para a noite, de produção local. Tanto de noticiário, quanto e, especialmente, de produção cultural, para restaurar as nossas diversas identidades nacionais, a expressão de um Brasil regional, que é extraordinariamente lindo”, completou.

*Estagiário sob a supervisão de Ronayre Nunes