Eleições 2022

Ciro: "Comunismo, fascismo, adorar político. Coisa de idiota"

O candidato à Presidência pelo PDT também voltou a chamar o ex-presidente Lula de encantador de serpentes e disse que o debate ideológico não resolve o problema da fome.

Raphael Pati*
postado em 22/09/2022 13:36 / atualizado em 23/09/2022 21:29
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Durante sabatina do CB.Poder, programa do Correio em parceria com a TV Brasília, Ciro Gomes (PDT), candidato à presidência da República, criticou mais uma vez a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que aparecem nos primeiros lugares das pesquisas eleitorais. Para o pedetista, os dois são “faces da mesma moeda”.

"É o sistema botando todos nós para brigar, para ver quem segura na 'manivela'. Vou repetir: claro que o Lula é o cara da boa conversa, da simpatia e o Bolsonaro é o truculento, o bruto, o fascistóide. É um fascista mesmo”, afirmou o candidato, no programa.

Ciro Gomes afirmou também que o eleitor brasileiro está desorientado "pelo ódio e pela paixão a votar contra o comunismo e contra o fascismo". Segundo o candidato, o debate ideológico “não vai botar comida no prato”.

“Um milhão e duzentos mil garotos presos, porque são negros e pobres e caíram na ilusão do avião do tráfico. Então, tudo isso é a tragédia brasileira que eu estou querendo puxar o povo, para dizer: 'meu irmão, sai dessa'”, disse. "Comunismo, fascismo, adorar político é tudo coisa de povo idiota. Nenhuma nação do mundo adora político. Político tem que ser olhado com desconfiança, bota o pezinho atrás. Força o cara a fazer uma análise. Olha de onde ele veio”, completou Ciro.

Sobre Lula: “Não o conheço mais”

O candidato do PDT ainda voltou a chamar Lula de "encantador de serpentes" e ressaltou que não conhece mais o político, chamado de ‘amigo’, com quem nutriu uma parceria longeva. Vale lembrar que Ciro conduziu a antiga pasta de Integração Nacional durante o governo do petista, entre 2003 e 2006.

"O Lula ficou uma pessoa que eu não conheço mais. É uma pessoa que eu tenho uma relação respeitosa, de amizade de 30, 40 anos, mas virou um corruptor sem reserva e sem limite de nada", criticou.

*Estagiário sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza

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