O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ordem do ministro Benedito Gonçalves, decidiu nesta quinta-feira (22/9) vetar o presidente Jair Bolsonaro (PL) de usar as imagens de sua ida à Inglaterra e a Nova York, em ocasião do enterro da ex-rainha Elizabeth II e da participação na 77ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), respectivamente, na campanha à reeleição. Essa é mais uma decisão que proíbe as mídias a serem repercutidas em qualquer um dos meios de comunicação, inclusive nas redes sociais.
A decisão do TSE foi tomada em decorrência da ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) protocolada por Soraya Thronkicke (União Brasil), adversária na disputa ao Palácio do Planalto. Uma das alegações é de que as viagens teriam o objetivo de impulsionar a campanha de um segundo mandato.
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O ministro entendeu que a utilização do material pode ser interpretada como abuso de poder político e econômico, o que fere a Lei das Eleições. Os vídeos foram publicados após os eventos oficiais nos dois países, mas em todos Bolsonaro compareceu pelo cargo que ocupa, o que pode afetar a igualdade de oportunidades entre os candidatos na disputa, de acordo com a lei.
“Após ligeiras condolências à Família Real, o representado passa a proferir discurso de caráter eminentemente eleitoral. Isso é feito com notória exploração do papel de chefe de Estado. Típica atuação de candidato, o representado chega a afirmar que é impossível que não seja eleito no 1º turno”, lembrou o ministro ao declarar a decisão no julgamento.
A fala destacada por Benedito ocorreu quando Bolsonaro discursou a um grupo de simpatizantes, na sacada da embaixada brasileira em Londres, no último domingo (18). Ele voltou a dizer que a sua aceitação é “excepcional” e que esse é o “sentimento da maioria dos brasileiros”.
O presidente continua, no entanto, em segundo lugar em grande parte das pesquisas eleitorais de 2022. Na mais recente sondagem do Datafolha sobre a disputa pelo Palácio do Planalto, que saiu no dia 15 deste mês, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece na liderança, com 45% das intenções de voto no 1° turno, contra 33% de Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Logo mais, às 19h45, o instituto divulga nova pesquisa da corrida presidencial.
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