O vereador e ex-jogador do Flamengo e do Santos, Whelliton Silva (PL-SP) foi denunciado por estupro, abuso de poder e "rachadinha". A Câmara dos Vereadores de Praia Grande, localizada no litoral de São Paulo, analisa o pedido de cassação contra o parlamentar. No entanto, ele negou as acusações e disse está sendo "vítima de armação política".
De acordo com o g1, a autora da denúncia apontou que faz uso de medicamentos e, após oferta do vereador, tomou bebidas alcoólicas e em seguida foi levada para o apartamento, local onde teria acontecido a agressão sexual. Ela afirmou, ainda, que o suposto estupro causou "grave abalo psicológico", precisando de internação com urgência.
Ainda segundo a denúncia, Whelliton Silva prometeu a denunciante o emprego de assessora parlamentar. O salário na Câmara é de R$ 12.285,81 e o parlamentar ofereceu remuneração de R$ 2,4 mil. A diferença seria devolvida com saques bancários, o que significa que o ato pode ser configurado como "rachadinha', informou o portal g1.
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Em relação ao abuso de poder, a mulher denunciou que foi perseguida por agentes da Guarda Civil Municipal e alegou que eles foram mandados pelo parlamentar.
Defesa do vereador Whelliton Silva
No Instagram, o vereador Whelliton Silva publicou uma nota em que nega as acusações. "Estou sendo vítima de uma armação política orquestrada por pessoas inescrupulosas que se aliaram à uma irresponsável, mas não impunível. Sigo certo que a justiça será feita e tanto essa irresponsável quanto os que estão por trás dessa armação, serão responsabilizados", disse.
O estudo da denúncia pelo grupo de análise do pedido de cassação deve ser concluído em 90 dias. Se não houver julgamento até o prazo estipulado, o processo será arquivado.
Ao Correio, o vereador disse, neste último sábado (17/9), que a mulher dormiu no apartamento dele e foi embora no dia seguinte porque tiveram que sair às pressas do local que estavam. "No dia em que ela alega ter ocorrido o fato, saímos do local às pressas porque ela acabaria sendo agredida, pois se insinuava para os homens que estavam no local. Por pouco não houve agressão física. Logo em seguida, fomos para meu apartamento, e como ficou tarde, ela acabou dormindo, sendo que acordou bem cedo e foi embora. Meus dois filhos e minha esposa estavam no apartamento", afirmou.
Sobre as acusações de "rachadinha" e abuso de poder, o parlamentar negou a nomeação e disse que ligou no número da Guarda Municipal "para somente registrar o fato".
Confira a nota do vereador Whelliton Silva (PL-SP) na íntegra:
"Infelizmente sou obrigado a essa altura da minha vida passar por essa situação.
Estou sendo vítima de uma armação política orquestrada por pessoas inescrupulosas que se aliaram à uma irresponsável, mas não impunível.
No dia em que ela alega ter ocorrido o fato, saímos do local às pressas porque ela acabaria sendo agredida, pois se insinuava para os homens que estavam no local. Por pouco não houve agressão física.
Logo em seguida, fomos para meu apartamento, e como ficou tarde, ela acabou dormindo, sendo que acordou bem cedo e foi embora. Meus dois filhos e minha esposa estavam no apartamento.
Nos dias seguintes, continuou conversando normalmente conosco e só resolveu fazer essa denúncia descabida, 72 dias depois e logo após eu não nomeá-la como assessora por incompetência.
Trata-se de pura vingança.
Quanto à "rachadinha", é um outro absurdo. Como pode haver este ilícito, se nem mesmo houve nomeação.
As acusações de abuso de poder, que segundo ela eu utilizei meu cargo para acionar a Guarda Municipal, é até um insulto à nossa valorosa GCM. Acionei no número oficial da instituição para somente registrar o fato.
Sigo certo que a justiça será feita e tanto essa irresponsável quanto os que estão por trás dessa armação, serão responsabilizados.
Por fim, quanto a abertura de comissão de ética para apurar um fato que não tem nenhuma prova, digo nenhuma prova, estou muito tranquilo.
Não tenho dúvida que essa acusação falsa e criminosa será arquivada em breve, pois jamais cometeria algo assim. Entretanto, as pessoas envolvidas não poderão ficar impunes.
Quero agradecer a todas as mensagens de solidariedade que tenho recebido. Obrigado a todos."
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