O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou mais duas decisões para suspender a propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, em que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, aparecia em 100% do tempo. Por unanimidade, a Corte entendeu que a aparição extrapolou o limite de 25% do total previsto por lei para um apoiador.
Na propaganda, a mulher do presidente aparece os 30 segundos, tempo total do vídeo, falando sobre a transposição do Rio São Francisco. A confirmação do TSE foi protocolada em plenário virtual da Corte, sendo reiteradas duas decisões dadas pelo ministro Paulo de Tarso Sanseverino, em ações apresentadas pelas campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Ciro Gomes (PDT).
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"A participação da primeira-dama Michelle Bolsonaro ocorreu em 100% do tempo das inserções na propaganda eleitoral gratuita e na condição de apoiadora, pois foi realizada com o objetivo de transferir prestígio e apoio ao representado, distanciando-se, portanto, da condição de mera apresentadora, ou seja, de pessoa que se limita a emprestar sua voz e imagem, sem acrescentar qualquer juízo de valor sobre a candidatura”, escreveu o relator.
O uso da imagem de Michelle Bolsonaro tem sido a arma da campanha do presidente para se aproximar do público feminino. A última pesquisa Datafolha mostra que o chefe do Executivo possui 55% de rejeição entre as mulheres.
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