O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) disse ter sido agredido por torcedores do Londrina Esporte Clube nesse sábado (10/9), enquanto fazia campanha pela reeleição na cidade homônima, no interior paranaense. Nas redes sociais, ele afirmou ter recebido um chute nas costas e relatou, ainda, um soco desferido por um dos acusados em seu sobrinho, que ajudava na panfletagem.
O caso ocorreu nas imediações do Estádio do Café, onde ontem o Londrina venceu a Chapecoense (SC) por 2 a 1, em jogo válido pela Série B do Campeonato Brasileiro. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Barros apontou integrantes da Torcida Falange Azul como responsáveis pelo ataque e os chamou de petistas. Representantes da organizada, porém, negam.
"Deram um soco na boca do meu sobrinho Victor, de 18 anos. São covardes. Me chutaram pelas costas, chutaram outras pessoas da minha equipe. Caí no chão, consegui escapar a tempo. Meu tio, um senhor de quase 70 anos, levou um soco na boca e também caiu", contou o deputado, nas redes sociais.
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Segundo Barros, o tio e o sobrinho precisaram ser encaminhados a hospitais para tratar os ferimentos. No vídeo postado por ele, é possível ver um homem de camiseta azul, cor característica do Londrina, desferindo um soco na face de outro rapaz.
"Chegaram como uma horda, estavam em mais de 10. Simplesmente começaram a gritar que não gostavam do Bolsonaro, que não gostavam do Filipe, que éramos machistas e agredíamos mulheres", falou Barros.
O parlamentar disse ter ido à Polícia Federal prestar queixa. A reportagem tenta contato com a corporação para saber se o caso foi registrado.
Torcida diz que assessores do deputado agrediram mulher
Segundo Barros, pessoas que estavam em um carro se negaram a receber os panfletos de sua campanha. Depois, de acordo com ele, houve as agressões. A diretoria da Falange Azul, entretanto, refutou a versão. Conforme a organizada, um integrante da equipe de Barros teria agredido uma torcedora que recusou um dos "santinhos" distribuídos.
"Após o ataque, a torcedora ainda foi xingada pelos assessores e cabos eleitorais e pelo próprio candidato. Muitos torcedores, incluindo diversas pessoas que sequer são sócias da torcida, mas que estavam ao redor, se revoltaram com a atitude e foram tomar satisfações. Durante a confusão, um cabo eleitoral do deputado sacou uma arma e spray de pimenta contra os torcedores", publicou a entidade, no Instagram.
Depois do comunicado, o deputado voltou às redes sociais para tratar do tema. "Covardes, mentirosos. Todos já foram identificados e serão responsabilizados", assegurou.
"Não podemos continuar admitindo que esses criminosos se escondam atrás da gloriosa camisa do Londrina Esporte Clube, que estraguem o espetáculo das famílias londrinenses, que estavam se divertindo no estádio acompanhando ao jogo do Tubarão", pontuou ele.
Do outro lado, a Falange Azul assegurou que vai entrar com uma representação judicial contra o deputado por acusação caluniosa.
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Ciro e Boulos acusam bolsonaristas de ameaças
Ontem, a equipe do presidenciável Ciro Gomes (PDT) disse que ele sofreu uma tentativa de agressão por parte de um apoiador de Bolsonaro em Porto Alegre (RS). Policiais federais responsáveis pela escolta do pedetista retiraram o homem do local.
Em São Paulo, o líder sem-teto Guilherme Boulos, candidato a deputado federal pelo Psol, disse ter sido ameaçado com arma de fogo por outro bolsonarista enquanto panfletava na cidade de São Bernardo do Campo.
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