7 de setembro

Bolsonaro diz que comparação do 7/9 com KKK é a mais covarde ofensa ao povo

Em publicação no Twitter na manhã desta sexta-feira (9), Bolsonaro já havia ironizado a comparação. Na rede social, ele publicou um vídeo em que um apoiador negro aparece em ato do Bicentenário da Independência

Agência Estado
postado em 09/09/2022 22:52
 (crédito: Divulgação/Campanha Ibaneis Rocha)
(crédito: Divulgação/Campanha Ibaneis Rocha)

O presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição, classificou a comparação feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) das manifestações do 7 de setembro com uma reunião da Ku Klux Klan, grupo dos Estados Unidos que prega a supremacia racial, como a "maior e mais covarde ofensa" ao povo brasileiro. "É um ex-presidiário xingando aqueles que vivem suas vidas de forma honesta e justa", rebateu Bolsonaro.

Em publicação no Twitter na manhã desta sexta-feira (9), Bolsonaro já havia ironizado a comparação. Na rede social, ele publicou um vídeo em que um apoiador negro aparece em ato do Bicentenário da Independência. "Parece que o ex-presidiário se sentiu excluído após esse vídeo. Em resposta, chamou o povo de 'cuscuz clã', talvez porque assistiu a milhões de brasileiros vestindo amarelo", escreveu o candidato à reeleição.

Já no início da noite, o atual chefe do Executivo voltou a se manifestar nas redes. "Associar as milhões de famílias que foram pacificamente às ruas manifestar seu amor pelo Brasil no dia de nossa Independência a um grupo terrorista, racista e antissemita, como a Ku Klux Klan, é de longe a maior e mais covarde ofensa ao povo brasileiro que já vi em minha vida", iniciou o presidente, em uma série de mensagens publicadas.

Segundo Bolsonaro, tais ofensas "se tornam ainda mais revoltantes quando são proferidas por quem estava preso por assaltar o mesmo povo que agora ataca, e que está tentando, a todo custo, voltar à cena do crime".

Apostando em uma postura apaziguadora e de união nacional, o presidente ainda escreveu que uma das formas "mais covardes" de promover a desunião de nosso povo é atacar os valores, "sobretudo com rótulos desprezíveis e abomináveis, que desrespeitam não só a nós, mas a diversos outros povos ao banalizar assuntos tão sérios e graves".

"Quem acusa o nosso povo trabalhador e honesto de cultivar ideias perversas, desconhece sua essência pacífica e fraterna. Os brasileiros carregam dentro de si a diversidade. Isso é indissociável! Ideais totalitários, como nazismo e comunismo, JAMAIS prosperarão em nossas terras! Temos um povo maravilhoso, direito, que respeita as leis e enfrenta as maiores dificuldades muitas vezes com um sorriso no rosto. Usar daqueles que seguem o caminho do mal, do crime, para rotular toda uma nação é, também, atacá-la, porque os brasileiros repudiam essas condutas", concluiu o presidente.

Na quinta-feira (8), Lula fez a comparação durante comício em Nova Iguaçu (RJ), na Baixada Fluminense. "Bolsonaro roubou o direito do povo brasileiro de comemorar o Dia da Independência. Fez de uma festa do País uma festa pessoal. O ato do Bolsonaro parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz. Não tinha negro, pardo, pobre, trabalhador...", afirmou o petista.

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