Eleições 2022

Alckmin afirma ter sido iludido e defende que Lula foi preso injustamente

Em vídeo divulgado nas redes sociais a ser exibido em rede nacional de rádio e televisão, o ex-tucano e antes adversário político histórico do PT afirmou ter sido iludido e defendeu que Lula foi preso injustamente

Agência Estado
postado em 09/09/2022 22:37
 (crédito: Evaristo Sá/AFP)
(crédito: Evaristo Sá/AFP)

O candidato a vice-presidente na chapa petista, Geraldo Alckmin (PSB), resolveu se pronunciar sobre o resgate, por bolsonaristas na internet, de falas antigas em que acusava seu hoje companheiro de chapa, o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, de envolvimento com corrupção. Em vídeo divulgado nas redes sociais a ser exibido em rede nacional de rádio e televisão, o ex-tucano e antes adversário político histórico do PT afirmou ter sido iludido e defendeu que Lula foi preso injustamente.

"Muito cuidado. Nesta eleição, antigas falas minhas estão sendo usadas por Bolsonaro para confundir o povo. Naquela época, muitos de nós fomos iludidos por um julgamento que depois a própria Justiça anulou porque foi parcial e suspeito. Hoje, está provado que Lula foi preso injustamente", diz Alckmin. No dia da prisão de Lula, em 2018, ele declarou que "ninguém está acima da lei".

Na peça divulgada nesta sexta, 9, o ex-governador de São Paulo aproveita para subir o tom contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. "Agora, é a família Bolsonaro que precisa explicar ao povo a compra de 51 imóveis com dinheiro vivo", afirma.

Expoentes do bolsonarismo como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador geral da campanha à reeleição do pai, compartilham à exaustão vídeo em que Alckmin, enquanto candidato a presidente em 2018, acusou o PT de querer "voltar à cena do crime" com a candidatura de Lula, que estava preso pelos desdobramentos da Operação Lava Jato. Impedido pela Justiça, o petista deu a Fernando Haddad a missão de substituí-lo nas urnas. Ele acabou perdendo a disputa em segundo turno para Bolsonaro.

Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou por anular os processos de Lula por erros processuais e considerou Sergio Moro (União Brasil), posteriormente ministro de Bolsonaro e hoje candidato ao Senado pelo Paraná, um juiz parcial para julgar o ex-presidente.

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