O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou sobre a acusação de que ele, irmãos e filhos teriam comprado pelo menos 51 imóveis total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo. Segundo o chefe do Executivo, o que constava nos documentos era a expressão “moeda corrente”, que poderia ser “dinheiro vivo, cheque, DOC, qualquer coisa”.
“Reviraram a minha vida entre irmãos, cunhados, ex-cunhadas e até a minha mãe que já morreu. Entre 11 [pessoas] ali, tinha cento e poucos imóveis. E na escritura estava escrito ‘moeda corrente’. Pegue qualquer pessoa de cartório, é praxe isso aí: é dinheiro vivo, é cheque, é DOC, é qualquer coisa. Não é dólar”, disse. “Aí, aquilo tudo é o dinheiro que seria meu e vira propina para eles?”, indagou Bolsonaro, na sabatina do CB.Poder, parceria entre o Correio e a TV Brasília nesta quinta-feira (8/9).
Ataque a Lula
Bolsonaro lembrou que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot atestou, em 2015, que dois de seus imóveis no Rio foram comprados legalmente. “O Janot escreveu em seu despacho que não existia, nos meus dois imóveis na Barra da Tijuca, mínimos indícios para começar uma investigação. Ponto final. Eu não tenho nada de irregular”, reiterou.
O presidente aproveitou o ensejo para tecer críticas ao seu principal oponente na disputa ao Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Bolsonaro, Lula “está usando isso em campanha” e questionou: “Ô Lula, quer comparar a minha família com a tua? Na tua são de dezenas de milhões de reais, ficaram ricos de uma hora para outra”.
Sabatinas
Bolsonaro é o quarto candidato a participar da série de entrevistas com os presidenciáveis no programa CB.Poder — uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília. Soraya Thronicke (União Brasil) foi a primeira entrevistada, no dia 31 de agosto. Felipe D’Avila (Novo) compareceu ao programa no dia 2 de setembro e Simone Tebet (MDB) participou na terça-feira (6).
A entrevista com o presidente foi transmitida ao vivo na TV Brasília e nas redes sociais do Correio — YouTube, Twitter e Facebook. Na bancada esteve a jornalista e colunista de política do Correio Denise Rothenburg.
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