ELEIÇÕES 2022

Análise: nem Lula nem Bolsonaro, Tebet será a grande vencedora das eleições

A emedebista será a grande novidade das eleições de 2026. Não a única, pois imagino que Romeu Zema, o bom governador de Minas, chegará forte também

Ricardo Kertzman - Estado de Minas
postado em 05/09/2022 18:22 / atualizado em 05/09/2022 18:33
 (crédito:  Miguel SCHINCARIOL/AFP)
(crédito: Miguel SCHINCARIOL/AFP)

A política é um bicho tão previsível quanto jogo do Galo, ou seja, enquanto não terminar, não acaba, ainda que o placar esteja 4x0, aos 45 minutos do segundo tempo, com três jogadores a mais. Falar nas eleições de 2026, então, soa como chute do chute do chute; e é verdade!, mas, mesmo assim, me arrisco a "profetizar" o que segue abaixo.

Simone Tebet será a grande novidade das eleições presidenciais de 2026. Não a única, pois imagino que Romeu Zema, o bom governador de Minas, chegará forte também, sobretudo se vencer o pleito de outubro, ainda no primeiro turno, demonstrando uma enorme força no segundo maior colégio eleitoral do país.





Voltando à candidata do MDB — coitada, merecia uma sigla melhor —, Tebet já alcança (dentro da margem de erro) o eterno candidato Ciro Gomes nas mais recentes pesquisas eleitorais. Além disso, já mostrou que é boa de papo e de televisão, e como a única mulher eleitoralmente viável do pleito, tem muito potencial de crescimento.

Tudo mais constante, se não houver fato verdadeiramente relevante que altere o rumo da prosa, o pai do Ronaldinho dos Negócios será eleito, batendo o patriarca do clã das rachadinhas e das mansões, e Tebet sairá como a “grande vencedora”, tomando o terceiro lugar para si, e com uma votação superior a 10% dos votos válidos.

A chance de Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, realizar uma gestão brilhante, diante das inúmeras dificuldades já contratadas pelo destino (guerra, pandemia, inflação mundial etc) e por Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto (déficit fiscal, estouro do teto, emendas secretas etc), são espetacularmente muito baixas.

Outrossim, mesmo que sua gestão seja positiva, a idade não o permitirá uma reeleição, e imaginar a máquina petista de moer gente (antidemocrática, autoritária, corporativista) apoiando Geraldo Alckmin, é simplesmente algo impensável para meus parcos neurônios. Ou seja, a sucessão do líder do mensalão já está posta — e aberta! — desde agora.

O coroné Ciro anunciou que será sua última tentativa. A ver! Mas dando como verdade, estará fora do páreo, como intuo e repito, Lula também. Alckmin, coitado, será demonizado pelo próprio bando, ops!, Partido dos Trabalhadores. Lideranças tucanas? Huuum, Eduardo Leite (excelente, por sinal), mas será que o PSDB ainda existirá em 2026, hehe?

Por isso reforço minha crença de que Tebet será a grande novidade das próximas eleições presidenciais, já que Zema, de novidade, não será nenhuma. E já a tenho como favorita, inclusive, pois o brasileiro médio teria que girar 180 graus para eleger um liberal (de fato, e não fake, como o amigão do Queiroz), mineiro, empresário e do Partido Novo.

Particularmente, adoraria ver o nosso Chico Bento (Zema) ocupando o Palácio do Planalto, e deixando fechado o Palácio do Alvorada, mas o Brasil que trocou Serra por Lula; Alckmin por Dilma; Meirelles por Bolsonaro (taqueopariu!!), contrariando absolutamente todas as minhas escolhas, não irá me surpreender, infelizmente. Tebet? Ok. Bem menos pior.

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