O ministro da Justiça, Anderson Torres, requisitou à Polícia Federal “instauração imediata” de um inquérito policial para apurar possíveis crimes “contra a honra do presidente da República” por parte do site www.bolsonaro.com.br. O ofício ao diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira, foi encaminhado nesta quarta-feira (31/8) e informado pelo próprio ministro no Twitter.
O pedido de investigação é a primeira reação oficial do governo contra o site, que foi registrado no início deste ano em nome do empresário paranaense Gabriel Baggio Thomaz. O site era administrado, segundo informações da campanha de Jair Bolsonaro, pelo filho Carlos, que não renovou a licença para uso do domínio www.bolsonaro.com.br, que venceu no começo deste ano. Carlos, que é vereador no Rio de Janeiro, comanda as redes sociais do pai. Ele também teria perdido o prazo para renovar o domínio www.mulherescombolsonaro.com, e, consequentemente, o direito de uso da página.
O caso ganhou dimensão pública nesta quarta-feira (31/8), quando viralizou nos grupos de WhatssApp uma mensagem alertando para o conteúdo de forte oposição ao presidente Jair Bolsonaro em um site que leva o nome dele. A imagem da capa, por exemplo, traz uma ilustração de Hittler com o rosto do presidente brasileiro fazendo a saudação nazista. No título, “Ameaça ao Brasil”. A equipe jurídica que assessora a campanha pela reeleição do presidente informou que entrará com ações tanto na Justiça Eleitoral quanto na Justiça Criminal contra o dono do site e o conteúdo publicado.
A equipe de campanha não sabe por que Carlos Bolsonaro perdeu o prazo de renovação dos domínios www.bolsonaro.com.br e www.mulherescombolsonaro.com. O registro em nome do empresário consta como ativo e só será renovado em 25 de janeiro do ano que vem.