O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou, nesta quarta-feira (31/08), o presidente Jair Bolsonaro (PL) de “jogar a poeira embaixo do tapete” ao responder a uma pergunta sobre corrupção. O petista, candidato às eleições de 2022, fez a afirmação durante uma entrevista para a rádio Clube, de Belém (PA) e usou as suas redes sociais para replicá-la.
“O atual presidente não exigiu a investigação do Queiroz, dos filhos ou das denúncias da CPI contra Pazuello. Ele não só coloca a sujeira embaixo do tapete, como transforma em sigilo de 100 anos”, disse Lula no Twitter.
Ao falar sobre as ações de seu governo para combater a corrupção, Lula citou o Portal da Transparência, a Lei de Acesso à Informação (sancionada no governo de Dilma Rousseff) e a Controladoria-Geral da União (VGU). “Nós fizemos o cartão corporativo ser transparente, e agora o cartão corporativo do presidente tem sigilo de 100 anos.”
Tema gerou embate entre candidatos na Band
No último domingo (28/8), durante o debate da Band, Bolsonaro questionou o candidato sobre as consequências da corrupção na Petrobras no Brasil, sobretudo para o povo da região Nordeste, além de afirmar que o governo do petista teria sido o mais corrupto da história.
“A Petrobras, em 14 anos de PT, se endividou em aproximadamente R$ 900 bilhões, fruto de desmandos, e refinarias começadas e não construídas, entre outras coisas. Esses R$ 900 bilhões dariam para fazer 60 vezes a transposição do Rio São Francisco. Ou seja, o povo nordestino sofreu por falta d'água por conta da corrupção no seu governo”, disse o atual presidente da República.
No fim da fala, Bolsonaro se referiu a Lula como ‘presidente’. “Corrupção houve. Oh, presidente Lula, você quer voltar ao poder para continuar fazendo a mesma coisa na Petrobras?”, afirmou.
*Estagiária sob supervisão