O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (31/8) que a Zona Franca de Manaus "é um patrimônio do desenvolvimento da região Norte" e que será preservada caso ele seja eleito no pleito de outubro. O candidato defendeu ainda ser preciso gerar mais empregos e criticou as falas de Jair Bolsonaro (PL) sobre a fome no país.
"Eu quando era presidente renovei por 10 anos, depois a presidenta Dilma [Rousseff] renovou por 50 anos. E, na minha opinião, a Zona Franca de Manaus é um patrimônio do desenvolvimento da região Norte do país", afirmou o presidenciável em coletiva a jornalistas. "A Zona Franca vai ficar preservada. É um compromisso que a gente tem desde que eu fui candidato em 1989", completou.
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O petista está na capital amazonense em agenda de campanha. Na parte da manhã, ele deu entrevista a uma rádio local e visitou uma fábrica de motos da região. Nesta tarde, deve visitar o Museu da Amazônia e, à noite, participar de um comício. O candidato estava acompanhado de seu candidato ao governo do Amazonas, Eduardo Braga (MDB), da ex-senadora e candidata a deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB), do senador Omar Aziz (PSD) e do deputado federal Marcelo Ramos (PSD).
Críticas a Bolsonaro por fome no país
Na coletiva, o petista voltou a tratar sobre a geração de emprego, afirmando que essa será uma das prioridades caso eleito. "Nós temos muita gente trabalhando na informalidade. Nós temos muita gente fazendo bico, e as pessoas acham que isso é emprego. Isso não é emprego. As pessoas têm que ter registro em carteira, as pessoas têm que ter direito a férias, as pessoas têm que ter direito a descanso remunerado, as pessoas têm que ter um sistema de seguridade social."
Ele também citou a fome no Brasil e criticou as falas recentes de Bolsonaro sobre o assunto. "O presidente, na maior cara de pau, diz que não tem tanta gente passando fome. Não tem na casa dele, porque ele esconde até o cartão corporativo. Ele decretou sigilo sobre o cartão corporativo para o povo não saber o quanto ele gasta. Mas o povo está passando necessidade", afirmou o ex-presidente. Bolsonaro disse ontem (30) durante sabatina organizada por representantes do comércio que existe fome no país, mas não "na proporção que dizem aí".
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