A senadora e candidata à Presidência da República Soraya Thronicke (União) defendeu nesta terça-feira (30/8) que os programas de transferência de renda, como o Auxílio Brasil, precisam ter uma “porta de saída”. A candidata disse ainda que manter um programa do tipo por um longo período “é um atestado de fracasso” para o governo.
"Para mim, Soraya, quanto mais eu tenho que manter as pessoas nesse tipo de auxílio, mais eu provo que meu governo foi um fracasso. Para mim é um atestado de fracasso", disse a candidata. "Tem que ter a porta de entrada e a porta de saída", completou. A presidenciável afirmou, contudo, ser favorável ao auxílio em um momento emergencial como o vivido atualmente.
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A candidata participou nesta terça (30/8) de encontro com presidenciáveis organizado pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) em Brasília. Mais cedo, participaram também Ciro Gomes (PDT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). A entidade entregou aos candidatos um documento contendo propostas, como a simplificação do sistema tributário e modernização das relações de trabalho.
Imposto único
Durante a sabatina, a candidata defendeu ainda a principal proposta de seu programa de governo, que é a criação de um imposto único para substituir 11 impostos federais. "Primeiro, vai atrapalhar a sonegação. Cerca de 30% da população, nós temos de sonegação. Mas quando todos pagam, todos pagam menos", afirmou a candidata. "Vamos facilitar o comércio interno e o comércio externo. Vamos desonerar a folha de pagamento", completou.
Soraya defendeu que a proposta do imposto único de seu programa é diferente da antiga CPMF, mas inspirada naquele modelo. "A CPMF foi um imposto a mais. E era provisório. Uma contribuição que era para ser provisória e virou por 11 anos", afirmou. Outra crítica comum à proposta é sobre a cumulatividade da tributação, mas a senadora disse que, no novo tributo, ela é "muito menor do que nós temos hoje".