A senadora e candidata ao Planalto Soraya Thronicke (União) afirmou nesta segunda-feira (29/8) que está "decepcionada e frustrada" com o governo de Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição. Quando foi eleita ao Senado, em 2018, a parlamentar se apresentou como a candidata do atual presidente à Casa. Ela criticou, ainda, a "corrupção sistêmica e gigantismo estatal" dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Vemos a tentativa de que se imponha um de dois modelos fracassados, do bolsonarismo ao lulopetismo, todos que somos verdadeiramente democratas e liberais temos que nos unir para impedir a repetição desses erros", disse Soraya em encontro com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
"Como a maioria dos brasileiros eu acreditei, em 2018, que a eleição de Jair Bolsonaro seria um passo nessa direção. Eu acreditei, sim, que conseguiríamos avançar numa direção realmente liberal, com maior liberdade para os brasileiros produzirem, trabalharem e buscarem sua realização, sua felicidade", completou.
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Porém, a candidata afirmou estar "decepcionada e frustada" como milhares de brasileiros que votaram no atual presidente, e alertou que a frustração não pode levar ao "modelo petista de corrupção sistêmica e gigantismo estatal". Para a senadora, os dois modelos são populistas e extremamente nocivos ao país.
Transferência de renda precisa ter "porta de saída"
Soraya criticou ainda os programas de transferência de renda feitos por Lula e Bolsonaro por não oferecerem oportunidades para que os beneficiários entrem no mercado de trabalho.
"Nós temos que auxiliar, sim, mas quando se vangloria que só aumenta, aumenta, aumenta, isso é um atestado de fracasso econômico total. Eu teria vergonha se eu fosse presidente desse país, de dizer que eu estou aumentando e vou só aumentar. 'Ano que vem tem mais tá, galera, pra vocês'. Isso é humilhante para uma nação de gente que trabalha", criticou a senadora, afirmando que é preciso ter uma "porta de saída" para os beneficiários.
No encontro com os representantes da indústria, Soraya defendeu seu programa de governo de cunho liberal, cuja principal proposta é a criação de um imposto único para substituir 11 tributos atualmente cobrados.