O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se posicionou, nesta terça-feira (23/8), a respeito do caso de empresários que, por meio de mensagens em aplicativos, defenderam um golpe de Estado no Brasil caso o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, vença as eleições.
“Qualquer pessoa, independente de ser empresário ou não, conhecido ou não, acho que qualquer pessoa que prega retrocesso democrático, atos institucionais, volta da ditadura, está redondamente equivocado e é desserviço ao país, é uma traição à Pátria. Isso, obviamente, tem que ser repudiado e rechaçado com toda a veemência pelas instituições”, disse Pacheco.
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Operação da PF
A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã de hoje, mandados de busca e apreensão contra os empresários envolvidos no escândalo revelado pelo site Metrópoles. O ministro Alexandre de Moraes autorizou, no dia 19, além das buscas, o bloqueio das redes sociais. Os empresários também devem ser ouvidos pela operação.
Os mandados são cumpridos contra oito empresários nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Estão envolvidos os empresários Afrânio Barreira Filho, do grupo Coco Bambu; Luciano Hang, das lojas Havan; Luiz André Tissot, do grupo Sierra; Ivan Wrobel, da construtora W3; José Isaac Peres, da Multiplan; José Koury, do Barra World Shopping; Marco Aurélio Raymundo, das lojas Mormaii e Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa.
“Dentro da normalidade”
Apesar de repudiar os ataques, o senador acredita que a democracia brasileira não corre riscos por conta de atos deste tipo. “A nossa democracia está tão assimilada, forte e institucionalizada pelas instituições e pela sociedade, que eu considero esses arroubos, que precisam ser repudiados, mas eles de fato não fazem gerar um risco concreto para nossa democracia. São manifestações infelizes que precisam ser rechaçadas”, frisou.
Pacheco defendeu que as eleições que estão por vir ocorrerão “dentro da normalidade”. “O resultado será evidentemente respeitado e não há a mínima razão para se desconfiar do resultado. Vejo com tranquilidade o que está por vir, vamos ter eleições, vão ocorrer dentro da normalidade e o resultado será cumprido. No dia primeiro de janeiro, eu repito, o Congresso estará reunido para dar posse, seja quem for”, disse.