O presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu a série de entrevistas com os candidatos a presidente da República do Jornal Nacional, da Rede Globo, na noite desta segunda-feira (22/8). Foi uma conversa dura, na qual ele foi muito questionado pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos, que o entrevistaram. Bolsonaro não surpreendeu no conteúdo das respostas, mas, sim, porque não perdeu a cabeça, como ocorre geralmente, quando é contrariado em entrevistas por repórteres.
Ao ser questionado sobre suas declarações contrárias às urnas eletrônicas, manteve as suspeitas, mas negou as intenções golpistas. Disse que aceitaria o resultado das urnas, desde que as eleições fossem limpas. Ao tratar da questão ambiental, voltou a criticar o Ibama por queimar máquinas usadas no desmatamento e rechaçou as críticas à política ambiental de governo. Também confrontou os países europeus que cobram o combate ao desmatamento da Amazônia.
Foi o mesmo Bolsonaro de sempre quando tratou da pandemia. Negou que tenha atrasado a compra de vacinas, minimizou a omissão do governo na crise de fornecimento de oxigênio aos hospitais da Amazônia e voltou a criticar o lockdown. Também defendeu o tratamento precoce da covid-19 com cloroquina.
Negou interferência na Polícia Federal, apesar da troca de comandos, e voltou a dizer que seu governo não tem corrupção, minimizando os escândalos na Educação. Ao justificar a aliança com o Centrão, disse que a opção seria governar como um ditador, e defendeu o caráter técnico de seu governo, citando alguns ministros. Ao encerrar, falou das realizações de seu governo, como o Auxílio Brasil, e disse que a economia esta se recuperando, com queda da inflação e geração de emprego.
Trocando em miúdos, Bolsonaro repetiu na entrevista o que vem dizendo desde sempre e parece que a linha de sua campanha eleitoral será essa. O grande problema é a situação da economia, que está melhorando, mas não o suficiente para mudar a vida dos mais pobres.