Na expectativa para a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL), na edição desta segunda-feira (22/8) do Jornal Nacional, da TV Globo, aliados do candidato à reeleição asseguram que ele está bem preparado. Com duração de 40 minutos, Bolsonaro será o primeiro a participar de uma série de entrevistas do noticiário com os candidatos ao Palácio do Planalto e será sabatinado por William Bonner e Renata Vasconcellos, apresentadores do telejornal.
O senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do partido no Senado, diz que o presidente tem muito a dizer. “Mesmo com uma pandemia, com uma crise internacional de combustível, o Brasil se descolou do mundo”, afirma. Segundo Portinho, a melhora da inflação, a queda no desemprego e um ambiente de negócios mais favorável “colocaram o Brasil no futuro”. “Acho que o presidente tem muito a falar, e pra quem quiser ouvir vai se surpreender. Quem não percebeu ainda o quanto a gente evoluiu nesses anos e o quanto não dá mais pra gente olhar pra trás e voltar ao passado. Um passado de corrupção, de investimento só nos amigos, em empresas que a gente vê o que que aconteceu, que se beneficiaram dos governos passados dentro dum grande projeto uma plataforma de corrupção que quebrou o país”, ressalta.
A deputada Celina Leão (PP-DF) destacou alguns temas que o presidente deve trazer na entrevista. “Ele deve entrar no tema das mulheres, no tema do auxílio Brasil. Devem ser temas bem amplo, discutindo problemas do Brasil, problemas gerados pela pandemia. Acho que o presidente está preparado para o debate, até porque ele fez muita coisa”, diz.
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) acredita que a tônica da entrevista será desestabilizar o presidente. “Tentando provocá-lo, criando narrativas e tentando emplacar determinadas narrativas que o presidente Bolsonaro foi contra a vacinação, que o presidente foi contra as medidas para conter o avanço da pandemia, que não fez grandes obras, tentar diminuir os méritos do presidente em diversas questões”, projeta o parlamentar. Apesar disso, Jordy acredita que será oportunidade para que o presidente mostre os “grandes feitos que a Globo omitiu”.
Outro lado
Grande parte dos aliados destaca, ainda, que essa será uma oportunidade para que o presidente converse com o eleitor de maneira mais direta. “A Globo não quis dar as informações para que o povo pudesse saber o que o presidente Bolsonaro vem fazendo para a população. Então vai ser uma grande oportunidade para o presidente falar com aquele cidadão que muitas vezes não tem o acesso à internet, aquele que não tem tanta informação”, destaca Jordy. É o que também acredita o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). “Ele terá a oportunidade de mostrar as realizações do governo”, pontua.
É o que também acredita o deputado Bibo Nunes (PL-RS): “As expectativas são as melhores, vai ser a grande oportunidade do Jornal Nacional da Globo, depois de anos só mentindo conhecer a verdade sobre o governo Bolsonaro”, afirma.
Próximos sabatinados
Na terça-feira (23/8), o convidado será Ciro Gomes, do PDT. O terceiro a ser sabatinado, na quinta-feira (25/8), será Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A sexta-feira (26/8) foi reservada a Simone Tebet, que concorre pelo MDB.