O PDT, partido do candidato ao Planalto Ciro Gomes, entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a impugnação da candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do seu vice na chapa, Walter Braga Netto.
O partido alega que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante o encontro com embaixadores estrangeiros, no qual tentou desacreditar as urnas eletrônicas. Segundo os advogados da legenda, o objetivo da ação é impedir e apurar a prática dos atos que podem afetar a "igualdade dos candidatos em uma eleição".
"Não se faz necessário empreender esforços desmedidos para vislumbrar que o senhor Jair Messias Bolsonaro desvirtuou a realização do ato para propagar seu programa de campanha, que dentre poucas coisas, abarca os ataques à integridade do processo eleitoral como principal sustentáculo de discurso", destaca o texto. A legenda também argumenta que não se pode "permitir a desvirtuação da atuação legítima estatal para confortar ânimos eleitorais e escusos do chefe de Estado.
O texto enumera 11 pontos comprometedores das falas do presidente no encontro, como acusações de que as urnas completaram automaticamente o voto no PT nas eleições de 2018; que as urnas brasileiras não possuiriam sistemas que permitem auditoria e que não seria possível acompanhar a apuração dos votos; alegação de que o inquérito que investiga invasão no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018 não estava sob sigilo; e declaração de que a apuração dos votos é realizada por empresa terceirizada.
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