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Ciro diz que Lula tomou 'gosto pela burguesia' e deixou o PT roubar

Em campanha em São Paulo e no Rio de Janeiro, o pedetista atacou Lula e comentou o episódio da "tchutchuca do Centrão" envolvendo o presidente Jair Bolsonaro

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, cumpriu agenda em São Paulo e no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (19/8). Durante as agendas, Ciro comentou sobre suas propostas para a economia, sobre como pretende conduzir seu governo, em caso de eleição e teceu críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o pedetista, Lula “tomou gosto pela burguesia”. “Ajudei o Lula praticamente a vida inteira, mas, infelizmente, ele tomou gosto pela burguesia, deixou a turma do PT meter a mão e roubar. Hoje, o Lula só aperfeiçoa o que deu no desastre do Bolsonaro”, disparou, enquanto conversava com a imprensa no antigo terreno da Companhia Brasileira de Materiais Ferroviários (Cobrasma), em Osasco (SP).

O local foi simbolicamente escolhido para destacar uma das propostas do ex-governador do Ceará: a necessidade de estabelecer um novo pacto entre governos, empresários e trabalhadores para reindustrializar o país. “Pessoas perderam a oportunidade de defender suas famílias com salários decentes, previdência, aposentadoria, somando-se [aos atuais] quase 10 milhões de brasileiros que estão desempregados e a outros 5 milhões de desalentados que desistiram de procurar emprego”, acrescentou o candidato, referindo-se a dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Relação com o Centrão e criticas a Bolsonaro 

Ciro também declarou que, se vencer as eleições, não irá se sujeitar ao toma lá dá cá do Centrão – grupo de parlamentares conhecido por dar sustentação ao governo. O candidato havia sido questionado se poderia se tornar uma "tchutchuca do Centrão", em alusão ao episódio ocorrido na quinta-feira (18/9), em que o presidente Jair Bolsonaro se envolveu em uma confusão com um influenciador, em frente ao Palácio da Alvorada.

Em resposta, Ciro afirmou que irá negociar com os parlamentares eleitos "à luz do dia". "Eu vou propor um outro caminho, um outro modelo de governança para encerrar essa história de que a Presidência da República do Brasil é a testa de ferro da quadrilha de ladrões que assalta nosso país eternamente", disse.

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