Jair Bolsonaro (PL) é o candidato à Presidência mais rejeitado pelo eleitorado brasileiro. Ele foi apontado por 51% dos entrevistados da nova rodada da pesquisa Datafolha, publicada nesta quinta-feira (18/8), como uma opção em que não votariam "de jeito nenhum".
Apesar de ainda ter a maior taxa, a rejeição do presidente está em queda desde maio, quando registrou 54% — em junho, percentual foi de 55% e, em julho, de 53%. A oscilação, no entanto, está prevista dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o segundo com maior índice de rejeição, com 37%. Ao contrário de Bolsonaro, o petista mostra uma oscilação para cima da taxa de rejeição dos eleitores — em maio foi de 33%, em junho subiu para 35% e para 36% em julho.
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos, com nível de confiança de 95%. A pesquisa foi contratada pela empresa Folha da Manhã S/A, que edita o jornal Folha de S.Paulo, e pelo grupo Globo ao custo de R$ 473.780.
Eymael (DC) é o terceiro mais rejeitado, com 19%; seguido por Léo Pericles (UP) e Vera (PSTU), ambos com 18%. Simone Tebet (MDB) e Felipe D'Ávila (Novo), são rejeitados por 17% dos entrevistados. Já Soraya Thronicke (UB) e Sofia Manzano (PCB) têm 16% do índice.
Outros 3% não souberam responder, 2% rejeitam todos, enquanto 1% não rejeita nenhum. Pablo Marçal (Pros) registrou 18%, mas não entrou na lista por ter a candidatura contestada pelo partido, que decidiu apoiar Lula.
A nova rodada do Datafolha é a primeira feita pela empresa após o início do pagamento do Auxílio Brasil, com a nova parcela de R$ 600, feito em 9 de agosto. Considerada uma medida eleitoreira, o resultado da pesquisa mostra uma pequena mudança na rejeição de Bolsonaro.
A pesquisa também mostrou que Bolsonaro cresceu três pontos na intenção de votos para a Presidência e marcou 32%. Lula se manteve estável com o mesmo percentual do último levantamento: 47% da preferência do eleitorado. O petista também conquistou 51% dos votos válidos, suficiente para vencer no primeiro turno das eleições de outubro.