O deputado federal professor Israel Batista (PSB-DF) afirmou nesta quinta-feira (11/8) que o presidente Jair Bolsonaro "só entende a linguagem do protesto" e que, se a oposição não se mobilizar, o país "perderá a democracia até o final deste ano". Ele participou hoje da manifestação de estudantes que ocorreu em frente ao Congresso Nacional a favor da democracia e contra o desmonte na área da educação.
"Já está em curso no Brasil uma tentativa de desacreditar as eleições e não aceitar o resultado eleitoral e nós precisamos resistir a isso. Nós precisamos que essa tentativa seja frustrada e o presidente Bolsonaro só entende a linguagem do protesto, das ruas", disse ao Correio o deputado. "Se nós não demonstrarmos nossa capacidade de mobilização, nós vamos perder a democracia até o final deste ano", completou.
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Movimentos estudantis e sociais reúnem-se nesta quinta-feira em ato a favor da democracia, em Brasília. A concentração ocorreu em frente à Biblioteca Nacional, de onde os manifestantes andaram rumo ao Congresso.
"Fora Bolsonaro"
Os atos em defesa do Estado democrático de direito ocorrem simultaneamente em todo o país e foram marcados para coincidir com a leitura do manifesto em favor da democracia organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, que já ultrapassou as 940 mil assinaturas. As manifestações ocorrem também em outras capitais como Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
"O bolsonarismo está sem uma oposição real. O presidente já não faz mais ameaças à democracia. Ele está executando essa ameaça ao desacreditar as urnas eletrônicas, que desacreditaram a família dele e ele durante 28 anos", disse ainda Israel.
A manifestação ocorre em protesto aos ataques de Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral. Aos gritos de "fora Bolsonaro" e "fora fascista". Os estudantes também protestam contra o desmonte na educação.
O ato é composto principalmente por estudantes e movimento estudantis, e ocorre no Dia Nacional do Estudante, comemorado em 11 de agosto. Participam do protesto entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União da Juventude Socialista (UJS), o movimento jovem Juntos!, além de partidos de esquerda como o PCB, PT, PV e PSol.