Algumas mudanças marcaram o registro da candidatura de Hamilton Mourão (Republicanos) ao Senado pelo estado do Rio Grande do Sul. O atual vice-presidente se oficializou como candidato junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na segunda-feira (9/8) e mudou a autodeclaração de raça, passando de “indígena”, para “branco”.
Nas eleições de 2018, quando concorreu ao lado de Jair Bolsonaro (PL), Mourão se autodeclarou indígena e, na ocasião, chegou a dizer que sua avó era “cabocla de Humaitá [município do Amazonas]” e que era filho de um amazonense. Entretanto, para o pleito de outubro, o militar preferiu se declarar branco.
Além disso, o nome de urna do candidato também mudou. Há quatro anos, o atual vice-presidente concorreu como General Mourão e, desta vez, escolheu retirar o “General”, se registrando como Hamilton Mourão. O partido também mudou entre uma eleição e outra, em 2018 Mourão concorreu pelo PRTB e, este ano, será pelo Republicanos.
O Correio procurou a assessoria de imprensa da vice-presidência para comentar o caso, mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.
Patrimônio cresceu mais de 100%
Em quatro anos a mudança mais significativa, entretanto, está no patrimônio declarado pelo vice-presidente. Em 2018, Mourão declarou ter em seu nome R$ 414.470,04 em bens. Agora, o militar diz ter 1.145.761,85 como patrimônio, ou seja, mais que o dobro do registrado nas últimas eleições presidenciais.
Desse patrimônio milionário adquirido por Mourão, estariam um veículo automotor de R$ 61 mil, um apartamento de R$ 204 mil e duas aplicações em renda fixa, uma no valor de R$ 660.870,52 e outra de R$ 219.891,33.