O presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou o encontro com os representantes do mercado financeiro para atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — seu principal adversário na corrida presidencial e que lidera as pesquisas de intenção de votos. Ele procurou enfatizar o descompromisso do PT com o combate à corrupção e com a boa aplicação dos recursos públicos.
"É isso que queremos para o Brasil? Vamos achar que o DNA do cara mudou? São incompetentes. Por que a esquerda não quer largar o osso nunca? Porque só vive disso. Não sabe trabalhar. Uns estão apegados ao serviço público, estão nos sindicatos ou são vagabundos mesmo. Só vivem disso, da mentira. Esse partido é especialista em pedir dinheiro para os ricos, voto para os pobres e dar banana para os dois", atacou.
Ao citar os casos de corrupção nos governos do PT, Bolsonaro indagou se algum daqueles que o escutava contratariam uma pessoa que "roubou sua empresa no passado".
"Alguém recontrataria um empregado que roubou sua empresa no passado? Acho que não. Porque recontratar um cara que roubou a nação por 14 anos? Vamos recontratar esse cara para que? Ele vai sentir que fez a coisa certa, vai fazer agora em dobro. Em pouco tempo estaremos no trenzinho junto com países como Cuba, Venezuela, Argentina, Chile e Colômbia", esbravejou.
Segundo Bolsonaro, "ninguém precisa experimentar de novo algo que não deu certo lá atrás". "A gente tem que viver em harmonia. Somos adultos, sabemos o que está acontecendo. A gente reclama de alguém que está pensando diferente da gente, mas aquela pessoa não teve instrução suficiente para tomar uma decisão. Mas nós, aqui, temos a obrigação de saber a realidade. Ninguém precisa experimentar de novo algo que não deu certo lá atrás", salientou.
Sobre o governo, disse ontem ter montado "um ministério de pessoas quase santas na política". "Me chame de qualquer coisa, até de incompetente. Agora, tenho caráter. Fomos pela honestidade. Minha vida é vasculhada 24 horas por dia, não se acha nada. E montamos um ministério de pessoas quase santas na política, com raras exceções", defendeu, sem enumerar escândalos de corrupção como o do Ministério da Educação (MEC). (IS)