O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (4/0) que está sendo “ameaçado de cadeia quando deixar o governo”. A declaração ocorreu durante reunião com pastores presidentes das Convenções das Afiliadas da CGADB em Guarulhos, São Paulo.
“Por vezes me pergunto: quem sou eu para chegar onde cheguei? Isso não é da boca para fora. O pessoal sabe, quando anda comigo, quantas vezes eu falo: é muito mais fácil estar do outro lado, mas muito mais fácil, e não estar sendo ameaçado de cadeia quando deixar o governo. E qual é a acusação? Qual é o crime? O mesmo que foi acusada de cometer uma senhora de nome Jeanine Añez, ex-presidente da Bolívia. Está presa, condenada a 10 anos. Qual acusação? Atos antidemocráticos. Alguém lembrou de um inquérito no Brasil com esse nome?”, ironizou, em referência ao processo do ministro Alexandre de Moraes e comparando sua situação com a da ex-presidente da Bolívia Jeanine Añez.
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Bolsonaro ainda reclamou de pressões para a escolha de ministros indicados ao STJ e ao STF. “Tem pessoas que o tempo todo ficam falando: ‘Olha o teu futuro, você tem que fazer isso’, ‘Eu não quero esse nome para o STJ, tem que ser aquele outro, porque é lista tríplice, ou lista quádrupla’. Para o Supremo, a pressão que eu sofri”, relatou.
“Três do TSE acreditam piamente nas pesquisas do Datafolha. Não quero alongar muito sobre isso. Estou fazendo minha parte no tocante a isso, buscando impor, via Forças Armadas, que foram convidadas, a nós termos eleições transparentes”. “Porque, se houver algo de errado, não é só para mim. Vai ser para deputado, senador, governador”, alegou, mais uma vez sem apresentar provas.