O deputado federal André Janones (Avante) anunciou, nesta quinta-feira (4/8), que irá retirar sua candidatura presidencial para apoiar a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois se reuniram hoje, por volta das 15h, em São Paulo.
O anúncio da aliança foi feito via redes sociais de Janones. Segundo o deputado federal mineiro, o ex-presidente aceitou inserir propostas no plano de governo, entre elas a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600.
“O Lula está ao meu lado, e vai encampar nossa luta junto conosco. Nesse momento a gente retira nossa candidatura. A candidatura presidencial do deputado André Janones, a partir deste momento ela está unificada e passa a ser representada pela candidatura do presidente Lula”, disse.
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Nas últimas semanas, Lula e Janones vinham trocando acenos pelas redes sociais. O candidato do Avante anunciou a possibilidade de desistir da corrida eleitoral para apoiar o petista. Como condição, o ex-presidente teria que topar inserir algumas propostas de cunho social em seu plano de governo. Com o aceite, Janones retirou a candidatura.
Em breve fala, Lula afirmou que acabar com a fome é “uma obsessão”. Disse que ao término dos seus dois mandatos, entre 2003 e 2010, fez isso e agradeceu o apoio de Janones.
“Acabar com a fome é uma obsessão minha. Não só porque vim de Pernambuco em 52 por causa da fome, mas quando tomei posse em 2003 disse que se, ao término do meu mandato, todas as pessoas tivessem tomado café, almoçando e jantando, eu já teria cumprido a missão da minha vida. Nós conseguimos acabar com a fome porque nós criamos o Bolsa Família, fizemos um monte de programa, aumentamos salário mínimo. (...) A ONU reconheceu que o Brasil tinha saído do mapa da fome. Lamentavelmente, a fome voltou. Nós precisamos criar condições para esse país se levantar e não vai ter ninguém com fome”, disse.
Janones fez críticas ao atual governo, que, segundo ele, “usa a fome em momentos de eleição”, diferentemente de Lula, que “dedicou a vida” para combater à pobreza.
“Eu jamais me aliaria àqueles que usam a fome dos mais pobres e necessitados como moeda eleitoral em tempo de eleição, como foi feito recentemente pelo atual governo, mas, sim, a quem dedicou uma vida inteira no combate à pobreza para ajudar os mais necessitados. Por isso, eu e Lula estamos juntos agora.”