O presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou de uma reportagem do UOL sobre a compra de imóveis próprios em dinheiro vivo. O chefe do Executivo criticou a mídia nacional, mas alegou defender a liberdade de imprensa. “Podem continuar me criticando, sem problema nenhum. Apanho o tempo todo”, disse.
Em sabatina organizada pelo Instituto União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) com candidatos à Presidência da República, nesta terça-feira (30/8), ele questionou: “O que é fake news? É mentir e omitir também. Se formos punir por fake news, iriam fechar muitos órgãos de imprensa por aí. Eu sou o primeiro a defender os órgãos de imprensa”.
“Fiquei sabendo que um órgão de imprensa está fazendo levantamento de meus imóveis desde 1990, juntamente com a minha família, desde 90. Inclusive, vi, eu não converso com essa pessoa que fez essa matéria, mas um conversou. A minha mãe que faleceu está no processo. Dona Olinda, com 94 anos de idade”, continuou.
Segundo a matéria do UOL, quase metade do patrimônio em imóveis de Bolsonaro e de seus familiares mais próximos foi construída nas últimas três décadas com uso de dinheiro em espécie. Desde os anos 1990 até os dias atuais, o presidente, irmãos e filhos negociaram 107 imóveis, dos quais pelo menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declaração dos próprios familiares entrevistados. As compras foram registradas nos cartórios com o modo de pagamento 'em moeda corrente nacional', expressão padronizada para repasses em espécie, totalizaram R$ 13,5 milhões.
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