A senadora e candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) afirmou nesta segunda-feira (29/8) que "não tem medo de cara feia, fake news ou ameaça" ao comentar os ataques de Jair Bolsonaro (PL) durante o primeiro debate entre os candidatos. A presidenciável afirmou ainda que o Brasil não terá paz nem com Bolsonaro nem com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no cargo.
"Não tenho medo de cara feia, não tenho medo de fake news, não tenho medo de ameaça. Já estou recebendo inclusive críticas e ameaças em fake news. Quanto mais me ameaçarem, quanto mais nos agredirem, quanto mais humilharem as mulheres brasileiras, mais é nossa responsabilidade, minha e da Mara [Gabrilli] (PSDB), de enfrentar esses desafios", disse Tebet em coletiva de imprensa ao lado de Mara, sua vice. Em campanha, a senadora visitou nesta manhã a União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social (Unibes), em São Paulo.
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Tebet disse ainda que está acostumada com esse tipo de embate, e que foi vítima de violência política por parte do governo Bolsonaro mais de uma vez durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid. No debate da Band, realizado ontem (28), o presidente atacou a jornalista Vera Magalhães e Tebet, a qual chamou de "uma vergonha no Senado Federal".
"O debate serve para tirar as máscaras"
"É a sensação do dever cumprido. O debate ele serve para tirar as máscaras. Você não tem marqueteiro, você não tem alguém por trás. Então, ali, o que foi apresentado é aquilo que nós somos", disse ainda Tebet, que criticou os dois primeiros colocados na corrida presidencial. "Nós estamos falando de duas figuras que hoje se personalizam como se representassem todo o Brasil. Nós temos 215 milhões de brasileiros, 33 milhões passando fome, pessoas desalentadas, e eles ficando alimentando o ódio de um contra eles, dividindo as famílias. Um jogando para outro a pecha de corrupção quando a gente sabe que os dois têm denúncias graves de corrupção", completou.
Segundo pesquisa qualitativa feita pelo Instituto Datafolha, Tebet foi considerada a melhor candidata no debate por eleitores indecisos, enquanto Bolsonaro foi o pior avaliado. A pesquisa usou grupos pequenos e não representa o eleitorado.
Questionada sobre a expectativa de sua campanha com o desempenho, a senadora avaliou que os resultados devem demorar de 10 a 15 dias para aparecerem nas pesquisas. "Chegando no terceiro lugar, com o percentual que chegarmos, em uma semana a gente em a capacidade de dobrar isso", disse a candidata.
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